Como foi sua experiência com Hugo Rodas?
Tem uma coisa que nunca me esqueço dele. Quando abria os braços em uma cena, falava o que eu tinha pra dizer e depois voltava os braços para o longo do corpo, ele dizia para eu não voltar para o ponto morto. Ele falava: ;Mantém! Mantém;. Isso eu trago comigo também. Não volto ao ponto morto. Cheguei, agora eu mantenho. Hugo é uma figura sem igual, eu nunca encontrei uma pessoa que dominasse tanto todas as dimensões da cena. Ele sabe qual é o percentual de luz para determinado refletor, sabe o que está acontecendo com os atores e trata a gente como uma massa de significação no palco. Uma figura fantástica e gostaria que ele dirigisse um show meu. Seria muito fera. Já cheguei a falar isso e ele topou na hora, já começou a falar (ela imita o sotaque carregado do diretor uruguaio): ;Começamos com um solo de bateria;. Aí, ele já começou a bolar.