Jornal Correio Braziliense

Diversão e Arte

Ator e dramaturgo Jota Pingo será velado em teatro da 508 Sul

O ator, roteirista, dramaturgo e diretor teatral Jota Pingo, 66 anos, será velado a partir das 18h desta segunda-feira (3) no Teatro Galpão do Espaço Cultural da 508 Sul, informou familiares do artista.

Jota Pingo morreu na noite deste sábado (1;) após passar mal em um supermercado, onde estava com a esposa, a filha mais nova e dois netos. Pingo foi levado ao Hospital de Base e não resistiu a uma parada cardíaca. Ele era portador de marcapasso.

De acordo com informações de familiares, não havia paramédicos no supermercado e houve dificuldade em acionar o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Quando a ambulância chegou ao local, cerca de 20 minutos depois, o artista teve que ser reanimado e foi levado entubado para o hospital. Lá, aconteceram tentativas de reanimá-lo novamente, mas ele não resistiu e faleceu.



Jota Pingo nasceu como Carlos Augusto de Campos Velho, em Porto Alegre (RS), e há mais de 30 anos vivia em Brasília. Na capital, Pingo, grande articulador cultural, anárquico e sonhador, foi quem colocou Renato Manfredini no palco da 508 Sul no Último Rango, no começo de 1980.

Passou a vida construindo o Mercado Cultural Piloto, um prédio labiríntico de três andares onde alugava 40 salas comerciais e em que abrigava várias manifestações culturais, dentre elas um cineclube e uma galeria de arte. Ele administrava o lugar e também vivia lá, sozinho. O artista sonhava em remontar o projeto.

A Secretaria de Estado de Cultura do Distrito Federal (SeCult-DF) publicou nota de pesar, na qual lamenta a morte do artista.

O corpo do artista só foi liberado no início desta tarde, e será velado durante toda a noite de hoje e a madrugada de amanhã. O corpo será cremado por volta das 13h de amanhã (4/10), em Valparaíso de Goiás. Nas redes sociais, amigos do dramaturgo gaúcho, radicado em Brasília há 35 anos, estão se mobilizando para que o velório seja descontraído, ao som de rock e com garrafas de vinho, como Pingo gostaria.

Colaborou Gabriel de Sá