Além de enfrentar o tumor no peito, a pitbull também é portadora da doença de Addison, uma disfunção hormonal que a obriga a tomar injeções de cortisol regularmente. Por causa de sua condição, a cachorra não pode viajar com a artista em suas apresentações. Fiona acredita que sua ausência influencia no estado de saúde do animal, e observa mudanças no comportamento de Janet durante suas viagens. "Quando eu voltei da última série de shows nos EUA, havia uma grande diferença. Ela nem queria mais sair para passear", conta a compositora, que antevê o momento da despedida final. "Eu sei que ela está chegando perto do ponto em que deixará de ser um cachorro, e se transformará em parte de tudo. Ela estará no vento, no solo e na neve, e em mim, em qualquer lugar que eu for".
Para Fiona Apple, estar presente nos últimos momentos de Janet é prioridade. "Eu não posso abandoná-la agora, por favor entendam. Se eu me afastar de novo, tenho medo de que ela morra e eu não terei a honra de cantar para ela dormir, de acompanhá-la até o fim", justificou. "Eu não sou a mulher que põe a carreira à frente de amor e amizade. Eu sou a mulher que fica em casa, e cozinha tilápia para minha mais querida, mais antiga amiga". A artista ainda faz um apelo aos fãs, para que aprendam a "apreciar o tempo que se estende ao lado do fim do tempo".
Ela trata a morte do animal de estimação como uma experiência que vai reforçar o carinho de sua relação com a pitbull. "Preciso fazer o que for possível para estar lá, porque será a mais bela, mais intensa, mais enriquecedora experiência da vida como eu a conheço", detalha. "E estou pedindo a benção de vocês", finaliza o recado aos admiradores que ansiavam por vê-la ao vivo.