Quando sentou-se diante de um piano aos 8 anos de idade, a carioca Lydia Garcia enfrentou um calvário para dominar o instrumento. Era preciso associar as lições musicais a frações matemáticas, o que fazia muitas crianças desistirem. Mas Lydia levou a sério o sacerdócio e trouxe para Brasília um método revolucionário. Professora de música presente até hoje na memória de seus muitos ex-alunos, ela, hoje com 75 anos, introduziu o prazer e o lúdico nas aulas de teoria de voz e instrumentos.
Formada pelo Conservatório Brasileiro de Música, no Rio de Janeiro, Lydia transferiu-se para Brasília com o marido, desenhista em arquitetura (ficou viúva este ano), e se instalou na casa onde vive até hoje, na 709 Sul. Em 1964, tornou-se professora de música da Escola Parque, na 308 Sul. Afinada com o projeto pedagógico de Anísio Teixeira, a unidade desenvolvia habilidades artísticas e culturais dos estudantes, no contraturno das disciplinas tradicionais.