Jovens artistas plásticos como Virgílio Neto e Pedro Ivo Verçosa materializam o desejo de interferir na identidade da capital. "Brasília vem sendo o terceiro mercado mais constante de arte no Brasil. Na contramão disso, a cidade sofre um processo de instabilidade cultural. O apoio às artes flutua de acordo com a gestão, isso é uma doença", observa Luiz Gallina, referência em artes plásticas na capital. "Os novos artistas não estão aprendendo a fazer, eles já estão fazendo. Já sabem o que querem, entram na universidade com um conceito. Eles são contemporâneos", completa o professor Gallina, que entende a Universidade de Brasília (UnB) como o grande centro formador de artistas da capital.
De lá vêm também artistas plásticos como Clarice Gonçalves, especialista em pintura a óleo, e Renato Rios, que enxerga em Brasília a inspiração de uma grande fotografia ; base da exposição Goiás, seu mais recente trabalho com minipaisagens. "É um espaço muito vasto para o olho. O olho que está no meu rosto, no meu corpo. A escala dessa cidade... A visualidade é absurda."