postado em 30/09/2012 09:57
Quem assistiu a Guerra dos sexos em sua versão original, exibida em 1983, vai encontrar uma outra novela na releitura que estreia amanhã. Quem garante é Silvio de Abreu, que dividiu a autoria da novela, na época, com Carlos Lombardi, e a readaptou aos tempos atuais, mantendo a direção dos anos 1980, de Jorge Fernando. O tema continua sendo a eterna queda de braço entre homens e mulheres, mas, conforme acentua o autor, há três décadas, a história fazia outro sentido ; o país ainda vivia sob censura e a mulher começava a se destacar no mercado de trabalho. Guerra dos sexos que estreia amanhã, no lugar de Cheias de charme, tem outros contornos.A modernização das relações e nos avanços tecnológicos, que influenciaram o autor a refazer grandes trechos da história, é o foco atual. ;Essa novela não é um remake. Seria se eu refizesse o que escrevi 30 anos atrás. Parti de uma nova ideia, com mudanças radicais. Reescrevi todos os diálogos. Escrevo muito para atores e o elenco é outro;, argumenta Silvio, que volta a trabalhar com Jorge Fernando após 10 anos, desde As filhas da mãe. ;Vamos estrear com 24 capítulos já gravados. Isso é importantíssimo para o nosso trabalho nos próximos oito meses;, destaca o diretor.
Nesta adaptação, Guerra dos sexos parte da tragicômica morte dos protagonistas da primeira versão, Charlô e Otávio (Fernanda Montenegro e Paulo Autran, respectivamente). Eles são encontrados mortos em um motel após infartarem simultaneamente em um orgasmo. Com isso, a herança milionária ; a mansão e a rede de lojas Charlô;s ; vai para os sobrinhos, a aventureira Charlô II (Irene Ravache) e o sisudo Otávio II (Tony Ramos), mais conhecidos como Cumbuqueta e Bimbinho. Eles não pode vender os bens para fora da família, condição que obriga todos os quatrocentões Alcântara Rodrigues e Silva a não trabalharem juntos nos negócios. ;O Silvio quer que a gente esqueça a primeira versão. Vai ser uma história fascinante e surpreendente;, anima-se Tony Ramos.
