Recém-publicado, o livro é uma celebração das coisas que Tito ensinou ao pai. Entre elas, a constatação da impossibilidade de escrever romances daqui pra frente. Mainardi pensava ser o grande árbitro de sua própria vida, pensava controlar tudo até começar a ser controlado por um garotinho incapaz de andar ou falar. A ideia do livro germinou em 2008, mas apenas em 2010 o escritor conseguiu vislumbrar o primeiro broto. Na época, havia encerrado a coluna na qual atazanava a vida de Lula e do PT em uma revista e decidira pelo retorno definitivo à Veneza natal de Tito, abandonada nove anos antes a conselho de médicos norte-americanos. Tito viveria melhor em um lugar quente, no qual pudesse se movimentar com liberdade, usar as pernas e explorar o mundo ao seu redor. E foi viver nas areias das praias do Rio de Janeiro. A queda é o jeito de Mainardi explorar Tito.
A QUEDA
De Diogo Mainardi. Editora Record, 152 páginas. R$ 29,90.