Paris - O célebre hotel Ritz, na exclusiva praça Vendôme, em Paris, fechará as portas esta quarta-feira (31/7) para passar por mais de dois anos de reformas, uma renovação de envergadura necessária diante da ativa concorrência existente na hotelaria de luxo e pelas exigências cada vez maiores dos clientes ricos.
O Ritz, de propriedade do milionário egípcio Mohammed Al Fayed, que hospedou monarcas e príncipes, artistas e estrelas, inclusive Madonna em meados de julho, voltará a abrir no "verão de 2014" após uma restauração que custará ; 140 milhões.
Trata-se da primeira reforma de importância desde 1979, e levará à criação de um restaurante de verão sob um teto de vidro móvel e a integração de tecnologias ultramodernas.
Na segunda-feira, quase todos os quartos e suítes estavam reservados, "especialmente a clientes habituais", segundo um porta-voz, ao custo inicial de ; 850, o qual pode chegar a ; 10 mil pela suíte Coco Chanel.
O restaurante l;Espadon deverá servir um menu especial completo, ao custo de ; 240, composto de foie gras, lagosta e, lógico, a clássica sobremesa ;pêche Melba;, feita com pêssego e sorvete, e criada em 1893 por Auguste Escoffier, o primeiro "chef" do Ritz.
Para os profissionais do setor, "já era tempo" de o Ritz - assim como o Crillon, que também fechará as portas no outono - passarem por uma reforma, pois estes estabelecimentos "passaram muito tempo sem fazer investimentos". Qualificados de cinco estrelas, ficaram de fora da categoria "palácio".
"O Ritz? Era um desperdício ver um hotel de tal porte, em um lugar de tanto destaque de Paris, com sua história, em tais condições", afirmou Vanguelis Panayotis, diretor de desenvolvimento do escritório especializado MKG Group.
"Para buscar níveis de preços mais elevados, deve-se justificar com um nível de qualidade equivalente ao dos outros", acrescentou.