Destaque de Foi Carmen, uma das montagens que abriram o Cena Contemporânea, Lee Taylor nasceu em Goiânia, em uma família que nada a tinha a ver com o universo teatral. Descobriu o rumo por conta própria e hoje integra o Centro de Pesquisa Teatral (CPT), uma das escolas mais respeitadas do Brasil, onde se tornou o braço direito do diretor Antunes Filho, artífice da cena nacional. Durante o aprendizado em Goiânia, Taylor era um aluno dedicado, mas ainda não dava sinais de que se tornaria referência no assunto. ;Anos depois, Lee me disse que, naquela época estava mapeando todos os músculo de seu corpo, sabia que um dia precisaria;, conta Danilo Alencar, um de seus professores de teatro. Agora, esse mapeamento preciso transformou o ator em um dos destaques de sua geração.
Como você se descobriu ator?
Comecei a fazer teatro na escola em 1997. Em seguida, fiz um curso que resultava em uma montagem e acabei participando de outras peças amadoras em Goiânia. Ser ator começou a fazer sentido quando percebi o grande poder do teatro em realizar uma comunicação de nível superior, impossível de se realizar no cotidiano. O teatro pode estabelecer contatos humanos de outra ordem.
Durante a infância, você tinha contato com a cultura?
Infelizmente, na minha infância, não tive o privilégio de ter contato com o universo cultural como gostaria. Algumas vezes pela escassez de programação de qualidade em Goiânia e, muitas vezes, por ter pouco incentivo. Tive que correr atrás e descobrir por conta própria os caminhos. Ao percorrê-los, me sentia um retardatário e, em vez de me desmotivar, isso me estimulou.
Qual foi sua trajetória artística ainda em Goiás?
Se resumiu a algumas peças amadoras, mas foi por meio delas que comecei a apreender o espírito do teatro, que, na sua essência, é amador, no sentido de que para se fazer teatro é imprescindível ser um amante do ofício.
Leia a íntegra da entrevista na edição no caderno Diversão & Arte