Se, em vida, não deixaram Amy Winehouse em paz, após sua morte, tampouco. Entretanto, a passagem prematura da cantora inglesa, aos 27 anos, há exatamente um ano, fez com que as menções a sua figura começassem a soar mais carinhosas e reverentes. Pudera. Considerada uma das artistas mais importantes do século 21, Amy Jade Winehouse, nascida em 14 de setembro de 1983, publicou apenas dois álbuns em vida, unindo soul, jazz, pop e r e revisitando seus antepassados. Cantora excepcional, em pouquíssimo tempo ela arrebatou a crítica e reuniu em torno de si uma legião de seguidores fiéis. Contudo, não conseguiu segurar a onda da vida sob os holofotes e se afundou nas drogas e na bebida.
Muito se especulou sobre a causa do óbito, em 23 de julho de 2011. Os laudos médicos, meses depois, confirmaram que a ;culpa; era do excesso de álcool. Foi atestado que, na hora da morte, Amy tinha o equivalente a 12 drinques no sangue. A cantora estava tentando se livrar do vício e teria passado boa parte do mês de julho sem ingerir álcool. Um dos motivos teria sido a desastrosa apresentação na Sérvia, em junho, quando cambaleou, chorou no palco e atropelou suas composições. A tentativa de abstinência teria terminado três dias antes de ela ter sido encontrada sem vida em sua cama.
Seu pai, Mitchell, contribuiu bastante para que o nome de Amy não sumisse da mídia neste um ano. Declarou recentemente que estaria tentando entrar em contato com o espírito da filha por meio de médiuns. E, olhem só, ele teria conseguido: descobriu, por ela, que existe vida após a morte. Casos de almas penadas à parte, Mitch, também músico, publicou, no fim de junho, a biografia Amy, my daughter (Amy, minha filha, que chega ao Brasil no mês que vem, pela Record), com relatos sobre a curta e intensa vida da inglesa. O livro tenta mitigar a influência dos entorpecentes na carreira e na derrocada da diva, mirando mais na pessoa do que na artista.
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