Jards Macalé, histórico disco de estreia do cantor, compositor e violonista carioca, lançado em 1972, pela gravadora Philips, acaba de retornar ao catálogo, 40 anos depois. O álbum, gravado com uma sonoridade acústica diferente, teve a participação do guitarrista Lanny Gordin e do baterista Tutty Moreno. O relançamento do disco coincide com o show que Macalé faz nesta segunda-feira (23/7), às 21h, no Espaço Cultural do Choro, como parte do projeto Choro & Cia, resultado de parceria entre o Clube do Choro e o Centro Cultural Banco do Brasil. A série foi aberta no mês passado, com a apresentação de Moraes Moreira, que revisitou o clássico Acabou chorare, joia rara da obra dos Novos Baianos.
No recital de voz e violão, dividido em duas partes, o carioca volta às músicas do Jards Macalé, que compôs em parceria com poetas, companheiros de geração, direta ou indiretamente integrados ao movimento tropicalista: Torquato Neto (Let;s play that), Duda (Hotel das estrelas), Waly Salomão (Revendo amigos, com citação de Vapor barato, e Mal secreto) e José Carlos Capinam (Farinha do desprezo, 38 Rotações, Movimento dos barcos, Meu amor me agarra & geme & treme & chora & mata).
[VIDEO1]
Completam o repertório Farrapo humano (Luiz Melodia) e A morte (Gilberto Gil). Na segunda parte, o cantor passeia pelo repertório de outros discos, passando, por exemplo, por Mambo da Cantareira e Orora analfabeta (Gordurinha), que recriou com sucesso. Há a possibilidade de ele homenagear Moreira da Silva (a quem prestou tributo com disco, além de ter dividido o palco com o eterno Kid Morengueira num inesquecível show pelo ProjetoPixinguinha).