Ao mesmo tempo provocador e delicado, o espetáculo é fruto de uma homenagem de Antunes ao centenário do japonês Kazuo Ohno, dançarino que transformou o butô com sua arte. O enredo traça um paralelo explícito entre as culturas oriental e ocidental.
O caráter crítico de Foi Carmen, impregnado de silêncios, pausas e imagens de uma Carmen Miranda sombria e entristecida, incomodou uma fatia magra da plateia, que chegou a abandonar o teatro. Ao final da apresentação dessa terça-feira (17/7), a resposta do público foi acanhada e os aplausos frouxos diante da qualidade da obra.
Para quem pretende conferir a peça, mas não adquiriu ingresso, vale tentar comprar antes da sessão. Apesar da sala cheia, alguns lugares da Martins Pena estavam disponíveis.