;Não se trata de uma visão de mercado, com os homens valorizados, ou algo assim. E aí, comeu? mostra mesmo é como está difícil se relacionar no mundo moderno. As pessoas não têm paciência e, cada vez, se entendem menos. Os homens estão é solitários e, quando se gabam, falam é da boca pra fora;, acredita o ator paulista Emilio Orciollo Netto, com a experiência dos 38 anos. Destaque no filme, no qual dá vida ao inocente e gente boa Fonsinho, o ator, ;comprometidíssimo; há um ano e meio, na tela, é exemplar ;nas relações pela metade;. Filhinho de papai, amante de boemia e de mulher casada, com um livro inacabado no computador, Fonsinho rende oportunidade do exercício do humor, numa fase que se completa com a participação de Emilio na novela Gabriela, folhetim em que interpreta Príncipe Sandra, ;cheio de truques e excentricidades;.
;Com meus personagens, tanto faz que sejam seriíssimos ou muito cômicos. Gosto que sejam ricos, em vontades e contravontades;, comenta. No teatro, tablado para atuação profissional desde de 1992, o ator ; com 23 peças no currículo ; desfilou a bem-vinda versatilidade: em O beijo no asfalto, fez o perseguido personagem Arandir (de Nélson Rodrigues), enquanto Os difamantes propiciou, por quatro anos, o contato com a comédia rasgada, e, nem por isso, menos crítica. A montagem deu espaço para um talk show fictício, parlatório para ácida crítica à adoração por celebridades. Se prefere ;tomar um café na padaria; a integrar esse circuito (como revela no blog dele), Emilio zela pela imagem e pelos projetos assumidos. ;Sempre fui produtor das minhas peças. Não quero ficar à mercê de convites e deixar o barco me levar;, diz ele, com o devido respaldo do diploma em administração.