A ópera italiana Cavalleria rusticana, de Pietro Mascagni, dá continuidade ao 2; Festival de Ópera de Brasília. Um dos espetáculos ;que mais lavam a alma;, segundo o maestro convidado Abel Rocha, enobrece a vida como ela é: ciúmes, traição e vingança ganham no palco um tempero de pompa. O atual diretor artístico do Teatro Municipal de São Paulo rege os três dias de apresentações gratuitas na Sala Villa-Lobos, na sexta-feira (8/6) e sábado (9/6), às 20h, domingo (10/6), às 18h, com entrada franca e classificação indicativa livre. A iluminação figura como ponto forte, assinada por James Fensterfeifer, e a direção fica a cargo de Francisco Frias. Para tirar melhor proveito da ópera, o Correio contou com a ajuda de Asta-Rose Alcaide, uma das maiores especialistas brasileiras no assunto ; e grande homenageada pelo festival.
Fique atento
Cavalleria rusticana foi extraída da novela homônima de Giovanni Verga e se passa durante um domingo de Páscoa. Na ópera, duas das três solistas são sopranos: Janette Dornellas (no papel de Santuzza, mulher de Turiddu) e Maria Schramm (intérprete de Lola). O soldado Turiddu é interpretado pelo tenor Juremir Vieira, o filho querido de Mamma Lucia (mezzo-soprano Valdenora Pereira). Turiddu e Alfio (barítono Leonardo Páscoa) rivalizam o amor da saliente Lola (Maria Schramm), comburente de toda a tragédia.Como a ópera é originalmente italiana, o libreto acompanha a língua-mãe. A partir da legenda, a plateia poderá ler em português a história cantada em italiano.