Jornal Correio Braziliense

Diversão e Arte

Rapper e dj falam sobre a exposição das crianças às drogas e a homofobia

Durante a sessão de fotos com o rapper Dino Black na Caixa d; Água de Ceilândia, um garoto de 14 anos, carregando um cobertor surrado, se aproximou da reportagem do Correio. Black, um dos veteranos do movimento do hip-hop no Distrito Federal, convidou o menino para aparecer nas fotografias com ele. ;O hip-hop tem de estar no meio do povo. A gente canta para mudar a realidade das pessoas;, afirma, categórico. Ex-integrante do grupo Viela 17 e parceiro do rapper GOG durante muito tempo, Dino entende todos os meandros da música criada nas periferias como ele, menino dividido entre Candangolândia e Ceilândia, que atua no rap e é fã de rock and roll.

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Atualmente, o militante usa dois codinomes que funcionam como duas personalidades do mesmo artista. Um é Preto Furioso, o letrista disposto a denunciar as injustiças de um mundo que o obriga a trabalhar como segurança quando já deveria estar vivendo exclusivamente de música. O outro é Dino Black, o intérprete de canções suingadas sobre amor e outras drogas que também expõe para o mundo a condição de filho de migrantes pobres. As duas personas estão trabalhando em dois álbuns com previsão de lançamento para este ano.