Os últimos dias foram de expectativas, preparativos e intenso trabalho. Não havia um metro quadrado, nos bastidores do Teatro Nacional Claudio Santoro, que não estivesse tomado pelo frenesi da estreia. Na Sala do Coro, os solistas se encontravam para depurar o cristalino das vozes, sob a batuta do maestro Cláudio Cohen. A sala de costura era um roçar de saias vaporosas, tecidos coloridos e máquinas tamborilando. Do alçapão sob o palco, vinha a multiplicidade de sons típicos de um ensaio de orquestra, com a afinação fragmentada. Nesta sexta-feira (25/5), às 20h, todas as peças dessa engrenagem estarão encaixadas para dar início à segunda edição do Festival de Ópera de Brasília, com a exibição de La Boh;me, composição em quatro atos, de Giacomo Puccini.
O espetáculo será reapresentado no sábado, às 20h, e domingo às 17h. Entre 8 e 10 de junho, será a vez de Cavalleria rusticana, composta por Pietro Mascagni e já apresentada no ano passado. O ciclo se encerra com Carmen, de Georges Bizet, encenada de 21 a 24 de junho. ;Nesta edição, teremos óperas mais longas (La Boh;me e Carmen têm quase três horas de duração, cada uma), com montagens complexas e cenários diferentes;, afirma Cohen. A intenção é trazer títulos conhecidos que tenham apelo de público. Para a edição de 2013, o maestro da Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional e organizador do festival sonha com Olga, ópera inspirada em Olga Benário Prestes e composta pelo maestro Jorge Antunes.