postado em 03/05/2012 08:39
Beatriz Segall não é dada a verborragias. Não é de seu estilo vangloriar-se dos feitos de sua carreira, que já atravessa seis décadas. No palco é que todo o seu diapasão cênico aflora. Desde que pisou no tablado pela primeira vez, em 1950, em uma montagem de O belo indiferente, de Jean Cocteau, ela já criou as mais variadas nuances para suas personagens, a ponto de considerar todos os sonhos artísticos realizados. ;Já fiz tudo o que quis;, admite. Ainda assim, guarda fôlego para novas aventuras. Divide a cena, pela primeira vez, com o ator Herson Capri, na peça Conversando com mamãe, que demarca outra estreia: a de Susana Garcia, mulher de Capri, na direção. A peça faz rápida passagem por Brasília, hoje e amanhã, às 21h, na Sala Villa-Lobos do Teatro Nacional.;Beatriz é uma grande dama dentro e fora de cena. Além de atriz excepcional, é uma pessoa especial, inteligente, culta e tem um caráter excepcional. Fomos nos conhecendo aos poucos e logo passei a considerá-la uma grande amiga;, elogia Capri, seu parceiro de cena. Foi ele o grande chamariz para que Beatriz aceitasse o convite, processo que acabou surpreendendo a veterana. ;Susana sabe muito bem o que está pedindo ao dirigir os atores, o que é coisa rara;, afirma a atriz.