Quais são os limites entre a legalidade e a ilegalidade quando se trata de acesso ao conhecimento e à arte? E quanto aos meios usados para produzi-los? Numa época em que a internet se tornou a principal fomentadora do artista independente e o caminho mais eficiente para propagar a música, a polêmica que circunda a pirataria se apresenta de forma inevitável. Alvoroçado pelas provocações que o tema sugere, o músico e pesquisador Krishna Passos criou o projeto Piratagem Federal, no qual, a partir de uma série de ações ; exposição, debates e intervenções, entre outros ; propõe uma abordagem radical do assunto.
Desde 12 de abril ; e até 13 de maio ;, quem visita a galeria Fayga Ostrower, na Funarte, se depara com uma exposição nada usual, que mistura elementos que remetem à ;piratagem;: CDs, aparelhos para copiá-los, uma máquina de serigrafia, impressoras e fitas cassete antigas, por exemplo. ;É uma instalação que simula um escritório de produção de uma suposta indústria pirata;, explica Krishna. No local, é reproduzido o disco do grupo 2 finos e um Grave, do qual o artista é integrante. ;É uma forma de divulgar nosso trabalho. Entregamos o CD pirata para o público e para vendedores ambulantes;, detalha.