A palestra Brasília, capital sonhada, Rio de Janeiro, capital abandonada, com o professor francês Laurent Vidal, abriu a programação vespertina da 1; Bienal Brasil do Livro e da Leitura (Esplanada dos Mi nistérios). A apresentação de Vidal, no auditório Jorge Amado, foi baseada no livro de sua autoria Lágrimas do Rio, em que analisa o momento de transição da capital do Rio para Brasília. "Para mim, estar em Brasília é algo muito especial. Comecei a pesquisar o Brasil aqui. O interessante é que meu primeiro trabalho sobre a história do país foi feito enquanto lia um romance de Jorge Amado", disse.
Fantasia e thriller
Autor de romance que mistura elementos de fantasia com um clima de suspense policial, o norte-americano Daniel Polansky falou, em bate-papo no Café Literário, sobre gêneros literários e referências pop. ;A narrativa seguiu meu amor pelo noir clássico. É sobre um homem falido tentando sobreviver, e não um épico titânico. Se aproxima mais de histórias de detetive;, disse ele, descrevendo o lançamento Cidade das sombras - O guardião.
Polansky se vê mais influenciado por autores de tramas policiais sombrias e pessimistas, como Raymond Chandler e Dashiell Hammett, do que por escritores de romances medievais, com dragões e personagens com habilidades mágicas. ;O mundo é apresentado em tons de cinza e com personagens dúbios. Na minha mente, isso foi um contraste, porque, nas fantasias, os heróis matam os dragões e se casam com as princesas e todos terminam felizes. Os policiais também são morais, mas difíceis de amar;, comparou.
Criação
Marcado para as 15h, o encontro com a autora Marina Colasanti começou sem atraso na Arena Jovem Cecília Meireles. A conversa, sobre o processo de produção de seus livros e novos trabalhos, foi prejudicada pelo som, que alternava entre falhas e volume baixo. ;Eu gosto da possibilidade de causar estremecimento;, disse, sobre o impacto de suas obras. ;O próximo livro será algo grande, com muitas páginas e mais caro. Mas ainda não esgotei tudo que posso escrever nele;, adiantou.