De boa aparência, sabor delicado e poucas calorias, o saquê tem forte vocação gastronômica. Ele vai bem com peixe, carne, tofu, vegetais e até frutas. Com limão, a caipirinha de saquê virou mania. Embora o consumo tenha crescido em média 30% ao ano no Brasil, o produto ainda precisa ser ;desvendado; pelo consumidor, que tem pouco aproveitamento da bebida, conhecida apenas em bares (chama-se izakaya, o bar de saquê) e em restaurantes japoneses. Fabricada basicamente de arroz e água, a bebida fermentada que está presente na vida e na cultura do povo japonês há mais de 2 mil anos. Surgiu logo após o cultivo do arroz e, inicialmente, sua produção estava confinada à Corte imperial e aos grandes templos e santuários. Por isso, ela é associada aos rituais e festas religiosas e, ainda hoje, é servida sempre nas cerimônias tradicionais do Japão.
Importante item na pauta de exportações, o Japão leva o saquê muito a sério. Não sai de lá nenhuma garrafa que não tenha sido certificada por uma associação de produtores. Para falar sobre o universo da bebida, a embaixada do Japão trouxe o especialista Hitoshi Utsunomiya, que comandou a primeira degustação realizada na cidade. A apresentação fez parte de uma série de atividades que relembraram o primeiro aniversário do terremoto seguido de tsunami que atingiu o leste do arquipélago asiático em 11 de março de 2011.