Jornal Correio Braziliense

Diversão e Arte

Polêmica à parte, Jorge Ben Jor comemora aniversário e prepara novo álbum

Uma dose de mistério nunca faltou à alquimia de Jorge Ben Jor. Em discos que se tornaram clássicos da música brasileira, o carioca de Madureira cantou sobre reis astronautas, místicos, filósofos e artilheiros. Sempre discreto ao falar sobre a própria vida, nunca fez questão de resolver as contradições de uma biografia repleta de meias verdades. Um desses mal-entendidos diz respeito à data de nascimento do músico: de acordo com os livros sobre MPB, o inventor do samba rock estaria completando hoje 70 anos de idade. Mas é o próprio Jorge ; em informação confirmada pela assessoria de imprensa do cantor ; que garante que nasceu em 22 de março de 1945. Teria, por isso, 67 anos.

Precisão à parte, todo motivo pode ser válido para comemorar um ídolo cuja arte permanece jovial e influente, redescoberta a cada geração. O próximo lançamento do compositor, não por coincidência, tem como público alvo os jovens: um CD e um DVD do projeto Lual MTV. Ainda este ano, reencontra o violão para regravar a obra-prima A tábua de esmeralda, de 1974, em versão ao vivo. Promete um álbum ;medieval, renascentista;, para fazer justiça a um disco que era ;bem antigo e moderno ao mesmo tempo;. Consolidado nos anos 1960 e 1970, o estilo de Jorge mesclou com propriedade elementos do samba, do rock, do funk e da psicodelia.