Na capa do disco MDNA, o 12; da carreira, Madonna Louise Ciccone aparece sob camadas de maquiagem e efeitos especiais que distorcem as feições da cantora ; uma das imagens mais conhecidas da cultura pop é filtrada e rejuvenescida por um lifting de pixels. Na primeira música, Girl gone wild, a voz da mãe de Lourdes Maria e Rocco também se deixa transformar por uma série de retoques digitais: é sob fumacê de eco, sintetizadores e outras firulas ;dance; que a estrela de 53 anos se apresenta a 2012. ;Não me importo com o que as pessoas têm a dizer;, ela garante, em I don;t give a.
Ou não? O título indica um plano não tão modesto: além de uma abreviação para o nome da cantora, MDNA pode ser lido (em inglês) como uma referência ao composto orgânico que armazena informações genéticas (o DNA) e à droga mais usada nas baladas (o ecstasy, cujo princípio ativo é o MDMA). A somatória dessas duas informações resume à perfeição um disco que retoma alguns dos traços básicos do estilo da cantora, adaptados às pistas de dança. Com lançamento previsto para a próxima semana, o álbum ;vazou; na íntegra na web, ontem.