Jornal Correio Braziliense

Diversão e Arte

Livro de pesquisador analisa movimento artístico do cinema francês

O impacto da nouvelle vague na história do cinema pode ser comparado ao efeito do asteroide que dizimou os dinossauros da superfície terrestre e permitiu o surgimento de novas espécies no planeta. A nouvelle vague e Godard, livro do ensaísta Michel Marie, destina-se a investigar e derrubar alguns mitos criados em torno de cineastas/autores que nunca se organizaram como um grupo coeso. ;Só vejo um ponto em comum entre os jovens cineastas: todos eles jogam, de modo bem sistemático, nos caça-níqueis, ao contrário dos velhos diretores, que preferem as cartas e o uísque;, ironizou Jean-Luc Godard sobre a ausência de unidade entre os realizadores nouvelle vagueanos.

A nouvelle vague nunca formalizou as regras do jogo ; como aconteceu, por exemplo, com o manifesto Dogma 95, dos cineastas dinamarqueses. ;Godard, Rohmer e Rivette vieram de uma escola crítica, a dos Cahiers du Cinéma, que defendia valores estéticos novos, opostos ao cinema tradicional;, justificou Michel Marie em entrevista ao Correio. ;É isso que chamo em meu livro de uma escola artística fundada em uma estética e um modo de produção. Os meios foram aqueles de novos produtores, com pequenos orçamentos, ausência de estrelas a altos cachês. Como esses novos cineastas foram, em princípio, críticos e jornalistas célebres, eles souberam notavelmente promover seu movimento, graças ao rádio e à imprensa (escrita).;

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