O baterista Rolando Castello Júnior hesita em revelar quando nasceu. ;Meu empresário disse para não contar a idade;, brinca o paulistano de sotaque carregado, antes de informar a quilometragem. Aos 58 anos, Rolando acumula mais de quatro décadas dedicadas à música, ou melhor dizendo, ao rock. ;Isso é a minha vida, né, veio. Acho que eu não sei fazer outra coisa. Nasci roqueiro e vou morrer assim. Gosto de tudo que envolve o rock: tocar, viajar, conhecer novos lugares, pessoas legais. Tenho rock;n;roll até no nome!”, diverte-se.
Rolando é um autêntico personagem do rock brasileiro. Profissional desde 1970, ele tocou com incontáveis músicos no Brasil, Argentina e México (países onde viveu) e fez parte de bandas como Made in Brazil e Patrulha do Espaço, grupo formado em 1977 para acompanhar Arnaldo Baptista e que, após a saída do cantor, trilhou carreira própria e está até hoje na ativa ; com Rolando como único membro original e figura central na continuidade da banda. O próximo disco da Patrulha, Dormindo em cama de pregos, sai ainda este ano.
Foi numa das passagens da banda por Brasília que Rolando conheceu a artista plástica Marta Benévolo, hoje sua mulher. Há quatro anos o músico mora em Brasília. A bateria Ludwig de cor azul ; um modelo vintage feito há 30 anos ; montada na sala do apartamento do casal foi adquirida recentemente. Mas Rolando conta que não costuma tocar muito para não incomodar a vizinhança. Num móvel da mesma sala é possível encontrar outra paixão do baterista: as histórias em quadrinhos. E não qualquer HQ! Sua enorme coleção tem a nata dos quadrinhos argentinos e europeus. ;Já tive muito mais coisa, que fui vendendo em tempos de aperto;, conta.
A matéria e a entrevista completa você lê na edição impressa desta quinta-feira (23/2) do Correio Braziliense