Na galeria principal do Museu Nacional, estão obras de 175 artistas. Dessas, 45 pertencem ao acervo do MAB e 130 foram encomendadas a artistas contemporâneos da cidade com o intuito de promover um diálogo com o acervo histórico. Para muitos, conhecer as obras do museu fechado foi uma surpresa. ;É meio triste saber que isso fica lá embaixo e que ninguém vê;, repara Virgílio Neto, 25 anos, que só teve a oportunidade de passear pelo MAB uma única vez antes que fechasse. ;Há obras muito importantes nesse acervo, coisas de Lygia Pape e Leonilson, e também de artistas contemporâneos da cidade.; A série de desenhos mostrada por Neto na exposição dialoga com pintura de Elder Rocha. Em ambas, há referências iconográficas muito sutis e ancoradas na cultura pop contemporânea.
Futuro incerto
O pintor Elder Rocha, professor da Universidade de Brasília (UnB), tem uma pintura no acervo do MAB e lembra que o descaso com o museu atravessa décadas. ;Já é tarde para tomar providências. É triste que ninguém ache que isso seja prioridade em nenhum governo. Desde que eu era criança, ouço essa conversa de que vai ter um local para o MAB. O prédio existe há três anos, já deu para fazer né?;, lamenta o artista. ;Essa mostra é legal, pode ser trabalhada com criatividade pelos artistas, é bacana, mas ao mesmo tempo é mais uma exposição para lembrar que o MAB existe. Até quando as pessoas que trabalham lá vão aguentar? Eles fazem aquilo com nada, na unha mesmo;, emenda.
Confira reportagem completa na edição desta sexta-feira (10/2) do Correio Braziliense.