Mudou-se para Nova York e precisa encontrar novos amigos? Não consegue passar diante de uma vitrine sem se imaginar no vestido caríssimo? Descobriu ser uma herdeira de uma família muito influente? Seus amigos são ricos e adoram uma farra? Foi a Roma para esquecer um grande amor? Bem-vindo aos dramas que fisgam as leitoras adolescentes. Foi-se o tempo em que as prateleiras destinadas ao público feminino jovem se resumiam a Poliana, Mulherzinhas e romances açucarados de M. Delly.
Os dramas adolescentes mudaram e o mercado editorial também, mas falar de amor continua lucrativo. Autores como Marian Keyes, Sophie Kinsella, Nicholas Spaks, Cecily von Ziegesar, Lauren Weisberger, Meg Cabot e Candance Bushnell escrevem em séries e nunca deixam as listas dos best-sellers. Esses são os nomes para histórias de amor emolduradas por um cotidiano comum. Mas eles não estão sós. Há uma vertente dedicada a adaptar a fórmula ao mundo sobrenatural. Stephenie Meyer e sua saga Crepúsculo já ficaram para trás. O nicho agora é de P.C Cast, Lauren Kate, L. J. Smith e Alyson No;l. Vampiros, lobisomens, vida após a morte e adolescentes deslocados povoam o universo desses autores e alimentam os órfãos de Bella e Edward.
A estudante de psicologia Isabela Rangel, 21 anos, leu praticamente toda a biblioteca adolescente. Prefere a ;ficção fantasiosa; de vampiros e seres mórbidos, mas curtiu muito Meg Cabot quando tinha 12 anos. ;O diário da princesa é legal porque se a menina começar a ler com 10 anos ela vai crescendo com a (personagem) Mia. Além disso, ela escreve muito bem e não é boba. Parece uma adolescente escrevendo;, avalia Isabela. Já a saga Crepúsculo ela leu porque foi trabalhar em uma loja de livros e precisava saber do que se tratava antes de assumir a sessão para adolescentes. Mas não gostou. ;A Stephenie Meyer é fantasiosa demais e acaba com toda a mitologia dos vampiros. Não contente, ela também faz isso com os lobisomens.;
Na casa de Kataline Alves de Almeida, 36 anos, a literatura para adolescentes começou a ter espaço cativo este ano. A servidora pública ficou impressionada com a variedade de livros e passou a estimular a filha, Eduarda, 15 anos, a frequentar as prateleiras especializadas das lojas. ;Você pode abordar de tudo aqui;, explica, diante de uma estante e com Fala sério, filha (Thalita Rebouças) e Radiante (Alysson No;l) acomodados nos braços. ;Desde a relação entre mãe e filha até coisas da dicção, pura diversão, ou coisas mais sérias como drogas.; Para Eduarda, há uma fórmula de sucesso: ;Gosto muito quando tem romance, sobrenatural e suspense;.