Jornal Correio Braziliense

Diversão e Arte

Confira poema sobre a estátua de Drummmond na praia de Copacabana no RJ

Não é do costumeiro bronze

que exalta as estátuas

nem do mármore consagrador.

É rico em ferro anímico lavrado

na sua Confidência, há tanto tempo.

O pedestal que eleva é dispensável.

Bastante é o banco ao nível do mar

e dos homens onde, sentado de costas

para o horizonte, acolhe a todos

que durante os dias o procuram.

Difícil é vê-lo só, e mesmo assim

de longe, nós o acompanhamos.

Muitas vezes tiram os seus óculos

por ganância ou lembrança.

Logo os repõem para que não perca

de vista quem passa e precisa

da presença de sua eternidade.

Armando Freitas Filho