Editoras brasileiras e representantes do Governo estiveram presentes na Feira do Livro de Frankfurt 2011, que ocorreu entre os dias 12 e 16 de outubro. Este ano, o estande teve o espaço ampliado e contou com a atuação da Fundação da Biblioteca Nacional (FBN), da Câmara Brasileira do Livro (CBL) e do Sindicato Nacional de Editores de Livro (Snel). A participação foi uma espécie de preparativo, pois em 2013 o Brasil será o país homenageado na Feira alemã.
As instituições têm criado projetos para movimentar o cenário. Uma dessas iniciativas é o Brazilian Publishers, parceria entre a CBL e a Agência Brasileira de Promoção de Exportação e Investimentos (Apex). A presidente da Câmara, Karine Pansa, diz que o projeto ;tem por objetivo estimular a internacionalização do mercado editorial brasileiro. Partimos da constatação de que os agentes do nosso segmento estavam pouco habituados a vender direitos autorais no exterior, o que nos levou a desenvolver um trabalho de profissionalização do setor;. Outra iniciativa foi acordada com a Snel, com o intuito de promover escritores fora do Brazilian Publishers, para isso foi confeccionado um catálogo com nomes de 39 editoras e 261 livros.
Investimento
Segundo a presidente do Snel e diretora da editora Record, Sônia Machado Jardim, participar de uma feira internacional é sempre algo positivo, no entanto ;a venda de direitos não é uma coisa fácil. Há países que têm mais tradição nessa matéria e que conseguem de uma maneira mais fácil colocar seus livros lá fora;. Ela alerta que o trabalho de divulgação deve ser contínuo para alcançar resultados de longo prazo.
Já para a representante da Fundação da Biblioteca Nacional, Moema Salgado, tais recursos de divulgação e políticas de fomento ao livro e à literatura são fundamentais. Ela coordena o programa de internacionalização da literatura brasileira, lançado este ano. O programa prevê a concessão de bolsas de tradução, apoio à reedição de autores nacionais no exterior e intercâmbios de escritores brasileiros para que eles possam lançar seus livros. Apesar dos investimentos, ela diz que há poucos trabalhos na área da tradução e que o Brasil necessita ; de um esforço complementar na parte de divulgação literária, diferente da música e das artes plásticas, que já estão consolidadas;. A previsão orçamentária para o projeto da FBN é de R$ 12 milhões até 2020 e pretende, também, investir em novos escritores, revela Salgado.