Jornal Correio Braziliense

Diversão e Arte

Espetáculo Sky Mirage 2 chega a Brasília no início de setembro

São Paulo ; Tem artistas pendurados apenas pelo cabelo, gente mergulhando em argolas e malabaristas se contorcendo em rodas-gigantes. O Circo da China chegou a São Paulo, quarta-feira passada e o Correio foi conferir uma prévia da apresentação que chegará em Brasília no início de setembro para quatro apresentações no Centro de Convenções Ulysses Guimarães. Do início ao fim, a apresentação, que recebe o nome de Sky Mirage 2, é de tirar o fôlego.

O espetáculo custou US$ 5 milhões para ser montado e lança mão de tecnologia de última geração no quesito efeitos visuais, mas nem por isso deixa de lado o que mais se valoriza no circo: a performance dos artistas. No total, são 50, entre crianças e adultos que se destacam em números ora complexos de acrobacia e ora simples de dança e leveza.

O show narra em 15 atos a história de um compromisso de Phoenix pela busca da luminosidade do Sol. A ideia é que, nesse encontro amoroso, os dois se transformem num único elemento harmonioso. É justamente nessa junção, que ocorre no final, que se dá o momento mais marcante do espetáculo. A trupe do Circo da China, considerado um dos melhores do mundo, já passou pelos cinco continentes, 50 países e 200 cidades. Essa é a quarta vez que os artistas pisam no Brasil para um espetáculo inédito.

Os artistas extrapolam na delicadeza dos movimentos ao ponto se imaginar que não é preciso nenhum esforço físico para se manter suspenso em fitas de sedas por mais de 10 minutos no ar.

As acrobacias mortais feitas em quatro rodas gigantes são as que mais prendem a atenção. Quatro artistas se equilibram a 20 metros do chão por dentro e por fora do círculo em movimento. Um deles chega a vendar os olhos para correr mais risco ao correr na roda, que gira rapidamente.

Em outro número complicado, os artistas se penduram apenas com uma seda amarrada ao antebraço e voam pelo palco como se fosse pássaros. A impressão que se tem é que o artistas estão sofrendo lá no alto. ;Depois de muito treino, não há dor e os braços sequer ficam marcados;, ressalta o diretor do espetáculo, Zhang Shouhe.

A crítica especializada garante que o Circo da China, que vai completar 60 anos, tem os 50 melhores acrobatas do mundo. Eles se dividem no palco em 15 números, a maioria de contorcionismo e equilíbrio. Uma curiosidade: Treze artistas têm menos de 16 anos e já estão na labuta circense desde a infância, já que moram no circo, estudam e treinam quase oito horas por dia no palco. O show foi criado pelos mesmos coreógrafos que participaram da abertura das Olimpíadas de Pequim, em 2008. O grupo passará por oito cidades brasileiras, apresentando os números da megaprodução.