Los Angeles - Com quase 20 anos de carreira em Hollywood, Cameron Diaz é presença constante em comédias estreladas por homens, mas agora a atriz de "Quero ficar com Mary" garante que chegou a hora das mulheres protagonizarem de verdade este tipo de filme.
"Meu compromisso com as comédias é bastante óbvio", declarou Diaz, 38 anos, uma atriz que desde "O Máskara", com Jim Carrey, virou uma das rainhas das comédias de Hollywood e esta semana participou em uma coletiva de imprensa para divulgar sua volta às telonas em "Professora sem classe", que estreia na sexta-feira, nos cinemas americanos.
No novo filme, Diaz, que atua ao lado de Timberlake, vive uma educadora sensual, que mata aula, fuma maconha e tem como os únicos objetivos para suportar a vida escolar operar os seios e conseguir um marido rico. "Agora é o momento para que as mulheres sejam elas mesmas e sejam aceitas. O público está disposto a rir dessas coisas", afirmou ainda, referindo-se aos filmes que ultimamente estão dando bons rendimentos para Hollywood.
A comediante citou sucessos como "A vingança das damas de honra", onde as protagonistas podem fazer piadas escatológicas ou debochar de si mesmas, um gênero que Hollywood até agora reservava a adolescentes como os de "American Pie" ou homens como os de "Se beber, não case".
Os resultados de bilheteria de "A vingança das damas de honra" depois de um mês em cartaz nos Estados Unidos são de mais de 136 milhões de dólares para uma produção de apenas 32,5 milhões, o que confirma que as comédias femininas chegaram para competir em pé de igualdade com as masculinas. "Este filme (;Professora sem classe;) poderia ter sido igualmente divertida tanto com um protagonista masculino como feminino. Isso serve para demonstrar que o humor é para todos. Acho que podemos encontrar uma grande quantidade de similaridades que nos fazem rir", afirmou.
"Acho que os estúdios agora estão dispostos a fazer coisas novas. Estamos cansados de ver as mesmas coisas. Já há algum tempo não funciona mais. E isso é um negócio, é preciso fazer dinheiro e fazer com que as coisas funcionem", acrescentou a atriz, que recebe em média 10 milhões de dólares por filme.
A comediante defendeu energicamente o tipo de mulher refletido por esses filmes, alguns tão básicos e, ao mesmo tempo, tão divertidos como dezenas de comédias masculina do gênero. "As mulheres sempre se comportaram mal, provavelmente pior do que os homens, mas talvez os homens simplesmente não tenham estômago para isso. Eles não querem ver isso nos filmes porque simplesmente não aguentam", explicou.
Justin Timberlake, ídolo da música que tenta construir sua carreira como ator, interrompeu sua ex-namorada e agora colega de elenco para acrescentar: "Como homem que desfruta das coisas sujas que as mulheres falam, acho que mulheres divertidas, como Carol Burnett e Madeline Kahn, sempre existiram. Sempre houve e haverá mulheres geniais na comédia".
"E os diretores agora estão aproveitando o momento", concluiu.