postado em 12/06/2011 08:00
Hoje não será um Dia dos Namorados como outro qualquer. As caixas de bombons e flores terão vez, mas, para acompanhá-las, notas de jazz ocuparão o céu da cidade com uma ilustre presença. O responsável pela dose extra de romantismo é o jazzista John Pizzarelli, que toca hoje, às 20h, no Centro de Convenções Ulysses Guimarães. Entre os carrinhos e os brinquedos da infância, Pizzarelli começou a tocar violão aos 6 anos, seguindo os passos do pai, o mestre Bucky Pizzarelli, com quem gravou um disco duplo em 2007 intitulado Generations, uma compilação de sucessos. Mas Bucky não é o único ídolo de John. O também norte-americano Nat King Cole sempre foi uma grande influência na sua carreira. Em homenagem ao rei do jazz, ele gravou Dear Mr. Cole (1994) e P.S. Mr. Cole (1998).
Do lado de cá da linha do Equador, John Pizzarelli, de 51 anos, encantou-se por um músico bem conhecido dos brasileiros. João Gilberto, que há uma semana comemorou 80 anos, fez nascer em Pizzarelli a paixão pelar bossa nova e, consequentemente, pelo Rio de Janeiro. A capital fluminense entrou no roteiro do musico e vira e mexe ele está por lá, tocando entre amigos. Para reverenciar a bossa nova, Pizzarelli lançou, em 2004, um álbum batizado com o movimento musical. ;Eu adoraria fazer um novo disco de música brasileira. Espero incluir mais artistas brasileiros de que gosto nele, como João Bosco, Toninho Horta, Daniel Jobim;, confessou Pizzarelli, em entrevista ao Correio.
Apontado pela crítica por ser um dos intérpretes que ajudou a popularizar o jazz, John Pizzarelli guarda boas lembranças de Brasília. ;Nós tivemos shows maravilhosos na cidade. É um lugar único e estou ansioso por essa grande noite;, derreteu-se em elogios.
No show de hoje, estarão canções de Rockin; in Rhythm ; A tribute to Duke Ellington, o 24; álbum, lançado no ano passado, no qual ele reinterpreta parte do vasto cancioneiro americano da obra de Ellington. ;Fico grato quando, ao escolher homenagear um ícone americano como Duke Ellington, tenho amigos e colaboradores que me ajudam a realizar meu sonho.;
A interpretação de clássicos, no entanto, não é um tabu na carreira de Pizzarelli. ;Eu não penso na música como sendo clássica ou contemporânea. É um estilo de música que tocamos bem, é a música de John Pizzarelli. Isso é contemporâneo o bastante para mim;, encerrou.
JOHN PIZZARELLI
Hoje, às 20h, no Centro de Convenções Ulysses Guimarães. Ingressos: R$ 45, balcão superior; R$ 75 , plateia; R$ 90, área VIP lateral; e R$ 100, plateia VIP. Valores de meia-entrada. Assinantes do Correio têm 60% de desconto na compra do ingresso inteiro (cupom Sempre Você). Não recomendado para menores de 14 anos.