<p class="texto">Jack Johnson ainda se impressiona com a repercussão positiva que seu trabalho alcançou. ;Isso é mais surpreendente para mim do que para qualquer outra pessoa no mundo, tenho certeza;, comentou o músico em entrevista ao <strong>Correio</strong>. O cantor, que se apresenta em Brasília no dia 25, diz que o segredo do sucesso de sua música é a simplicidade, cantar coisas com as quais as pessoas se identifiquem.<br /><br />E não foram poucas as pessoas que viram nas letras desse havaiano de 35 anos algo que elas conseguem relacionar às suas vidas. Lançado em 2001, <em>Brushfire and fairytales</em>, primeiro dos seis álbuns de estúdio do artista, vendeu mais de um milhão de cópias só nos Estados Unidos. Toda a sua discografia soma mais de 7 milhões de discos vendidos.<br /><img src="https://imgsapp2.correiobraziliense.com.br/app/noticia_127983242361/2011/05/13/252055/20110513102110372151i.jpg" alt=""Minha música é bem tradicional, eu acho que folk, surfe ou sei lá%u2026", diz Jack Johnson" /><br />Além da mensagem nas canções, a sonoridade das músicas de Jack Johnson é um fator determinante para a popularização do cantor. ;Ele é charmoso, mas o que me chama mesmo a atenção é o som: tranquilo, mas não dá sono;, aponta a advogada Juliana Quinta de Mendonça, 31 anos, que conheceu as músicas de Johnson na voz de artistas brasilienses. ;O som que ele faz é fácil de assimilar e essa é a essência do pop: trabalhar os arranjos das músicas de forma que o ouvinte não precise de muito esforço para acompanhar;, comenta o músico brasiliense Wander Santos, 27.</p><p class="texto"> </p><p class="texto">E arranjos simples, ele explica, não significam um trabalho sem identidade. ;As músicas dele têm as melodias e harmonias todas no lugar. E o trabalho com timbres resulta em uma textura única. Para conseguir isso, é necessária toda uma preocupação com os instrumentos, com o padrão rítmico das composições, com o tipo de melodia;;, continua Wander, que durante quase dois anos tocou baixo na banda Banana Pancakes, cover de Jack Johnson. Para o baixista, outro fator importante ajuda a entender o sucesso do cantor: ;Além dessa objetividade no som, o clima das músicas é tranquilo, de praia. Acho que isso contribuiu bastante;.</p><p class="texto"><strong>Veja vídeo de Jack Johnson:</strong></p><object width=435 height=346><param name=;movie; value=;http://video.dzai.com.br/static/pu3.swf;></param><param name=;allowFullScreen; value=;true;></param><param name=;allowscriptaccess; value=;always;></param><param name=;flashvars; value=;video_id=http://video.dzai.com.br/static/user/16/16781/a7d79d20bca0aec93489a1c80e6f3ea3.flv=http://foto.dzai.com.br/static/user/16/16781/a7d79d20bca0aec93489a1c80e6f3ea3_preview.jpg=false=false; /><embed src=;http://video.dzai.com.br/static/pu3.swf; type=;application/x-shockwave-flash; allowscriptaccess=;always; allowfullscreen=;true; width=;435; height=;346; flashvars=;video_id=http://video.dzai.com.br/static/user/16/16781/a7d79d20bca0aec93489a1c80e6f3ea3.flv=http://foto.dzai.com.br/static/user/16/16781/a7d79d20bca0aec93489a1c80e6f3ea3_preview.jpg=false=false;></embed></object> <p class="texto"><br />Não é à toa que muita gente chama a música de Jack Johnson de surf music (o músico já tem uma outra denominação para ela, confira na entrevista). ;É uma vertente nova, repaginada da surf music, diferente daquela que faziam as bandas australianas que popularizaram o estilo nos anos 1980;, diz Renato Azambuja, 27 anos, percussionista e vocalista da banda brasiliense Surf Sessions. Antes de ser músico, o cantor havaiano foi cineasta e surfista profissional, o que ajuda ainda mais sua música a ser associada aos praticantes do esporte aquático. ;Ele traz muito à tona o lance de bem-estar, de viagem, de praia; as pessoas buscam isso, essa tranquilidade, esse relaxamento. Ele consegue trazer muito disso para as músicas dele;, afirma Azambuja.<br /><br /><strong>Público fiel</strong><br />A ;vibe; Jack Johnson encontrou discípulos no Brasil inteiro. Em Brasília, ela tinha até ponto de encontro: o Pontão do Lago Sul. Foi em bares e restaurantes dali que muitos cantores e bandas começaram a interpretar composições de autoria de Johnson, atraindo um público fiel. ;O movimento dos sem praia;, brinca Renato Azambuja.<br /><br />;Durante três anos tivemos uma banda dedicada às músicas dele e de outros artistas influenciados por ele ou com sonoridades parecidas, como Ben Harper e Donavon Frankenreiter;, conta Marquinho Araújo, 32 anos, vocalista da Capitão do Cerrado, em referência ao BJ Project. Além de temporadas em Brasília, o grupo se apresentou em Goiânia, cidades do Nordeste e do Sul do país. A boa recepção da Capitão e do BJ Project abriu portas para outros grupos que navegavam em praias semelhantes, como as já citadas Banana Pancakes (nome de um hit de Jack Johnson) e Surf Sessions (que ainda hoje conta com músicas de Johnson no repertório).<br /><br /><strong>Três perguntas // Jack Johnson</strong><br /><em>Como você descreve a sua música?</em><br />Hummm; música de churrasco, acho que ela vai bem para churrascos. Mas eu gosto de surfe e gosto do fato de os surfistas geralmente curtirem a minha música. Me deixa orgulhoso, mas eu nunca tento rotular demais a minha música. Você tem que fazer o que você faz. Mas eu diria que ela é bem tradicional, eu acho que folk, surfe ou sei lá;<br /><br /><em>Por que você acha que faz tanto sucesso? Qual é o segredo?</em><br />Tenho medo de contar o segredo e tudo ir embora. O fato da minha música ser popular é mais surpreendente para mim do que para qualquer outra pessoa no mundo, tenho certeza. O que eu posso dizer é que as músicas falam de coisas muito pessoais e, ao mesmo tempo, muito amplas. E as pessoas podem aplicá-las às suas próprias vidas. Sou um cara bem comum e normal, talvez por isso as histórias que eu conto tenham apelo para um grande público.<br /><em><br />Qual é a sua motivação para continuar a com a música?</em><br />Não acordo todo dia pensando nisso. A música ocupa um espaço na minha cabeça, é como eu processo as coisas. De manhã, eu penso em outras coisas: levar as crianças para a escola, surfar; às vezes, eu fico um tempo sem pegar no violão. Outras vezes, surgem letras na minha cabeça e eu coloco músicas nelas. É uma maneira de processar as ideias e tirá-las da minha cabeça; eu toco bastante, mas por vezes deixo o violão de lado; é como inspirar e expirar, ler livros, experimentar a vida.<br /><br /><strong>Serviço:</strong><br />Jack Johnson / Quarta-feira, 25 de maio, às 21h, no estacionamento do estádio Mané Garrincha. Show com o cantor e compositor Jack Johnson (EUA). Abertura: G. Love (EUA). Ingressos: camarote: R$ 700 e R$ 350 (meia); pista premium: R$ 500 e R$ 250 (meia); pista: R$ 260 e R$ 130 (meia). Preços válidos para o 1; lote e sujeitos a alteração. Ponto de venda: lojas Mormaii ou Central de Ingressos (piso G1 do Brasília Shopping). Não recomendado para menores de 16 anos (menores somente acompanhados dos pais). Informações: 4003-1527.</p>