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Deputados estaduais discutem crise da OSB sem a presença de representantes

Rio de Janeiro - Por decisão da diretoria da Fundação Orquestra Sinfônica Brasileira (Fosb), a entidade não mandou nenhum representante à audiência pública promovida hoje (18) pela Comissão de Cultura da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj). A audiência foi convocada para debater a crise que se instalou na Orquestra Sinfônica Brasileira (OSB) com a demissão de 33 músicos que não aceitaram se submeter à avaliação determinada pela direção da companhia.

O presidente da comissão, deputado Robson Leite (PT-RJ), disse à Agência Brasil que existem "indícios claros" de desrespeito aos direitos humanos e de assédio moral por parte da direção da orquestra. "A gente vai apurar isso também;, garantiu. Ele lamentou a ;falta de consideração; da direção da orquestra, que não deu nenhuma justificativa para a ausência na audiência pública.

O parlamentar criticou a decisão de avaliar a competência técnica dos músicos da OSB. ;É difícil de imaginar que um músico, com 30 anos de orquestra, tenha que fazer uma prova. Não entra na cabeça de ninguém. Se você quer fazer uma avaliação, que a faça de forma regular para aprimorar e melhorar a qualidade dos músicos. É diferente;.

A presidenta do Sindicato dos Músicos Profissionais do Estado do Rio de Janeiro (Sindmusi), Débora Cheyne, espera que haja conciliação entre a direção da Orquestra Sinfônica Brasileira (OSB) e os músicos da entidade.
Ela acredita que não há necessidade de submeter os músicos à avaliações de competência técnica porque eles passam por avaliações "diariamente, nos ensaios, e nas apresentações, pelo público".

A proposta do sindicato para reintegração dos músicos demitidos está sendo avaliada hoje (18) pelo conselho da Fundação OSB. Na audiência da Alerj, a presidenta do Sindmusi, que também integra a OSB, esclareceu que a avaliação de desempenho exigida pela direção da orquestra foi ;a gota d;água; em um processo de desgaste com os músicos que já vinha ocorrendo há cinco ou seis anos.

A demissão dos músicos trouxe, segundo Débora, a interrupção do processo de criação e de maturação das peças que seriam apresentadas na temporada de 2011, que corre o risco de se cancelada por causa da crise.