Jornal Correio Braziliense

Diversão e Arte

Até domingo, acrobatas do holandês Flying Artwork se apresentam em Brasília

A cidade de Carambeí, no Paraná, com cerca de 16 mil habitantes completará 100 anos da imigração holandesa para o Brasil este ano e sediará uma parte das comemorações do Ano da Holanda no Brasil, instituído pela presidente Dilma Rousseff no último dia 4. ;A Holanda cabe 205 vezes dentro do território brasileiro. É uma potência pequena, com uma economia muito interessante. Às vezes, os brasileiros nem se dão conta de como os holandeses estão presentes no Brasil. Todo mundo conhece Maurício de Nassau, mas a intenção é mostrar a Holanda dos anos 2000. Moderna, tecnológica, preocupada com o meio ambiente, inovadora em arquitetura, pintura, dança e design;, resumiu o embaixador do Reino dos Países Baixos, Kess Rade.

Este mês, apenas Brasília, Rio de Janeiro e São Paulo serão destino da invasão cultural dos holandeses no Brasil. De amanhã a domingo, uma dupla de acrobatas ganha as alturas em performance gratuita preparada para a ocasião pelo grupo Flying Artwork, às 19h e 20h30, no Pontão do Lago Sul. O Artwork foi fundado por Juliette Dormaar-Khalaf, há cerca de 10 anos, logo após uma temporada dentro da companhia canadense no Cirque du Soleil. A artista passava o ano quase todo dentro da sede do Soleil em Montreal e ressentia-se de uma espécie de controle maior sobre a obra produzida.

De volta à terra natal, decidiu fundar a companhia baseada no movimento nouveau cirque em combinação com elementos cotidianos. ;A criação é minha primeira motivação. É difícil falar sobre inspiração. Pode ser um livro, uma poesia, um filme. Alguma coisa que tenha me ocorrido durante o dia. São muitas as fontes;, revela Juliette sobre os espetáculos multidisciplinares que misturam arte e a eficiência física dos atletas.

O único temor em relação à performance feita especialmente para o Brasil é o risco das chuvas de verão no Hemisfério Sul. ;É claro que num ambiente fechado é possível controlar a luz, as condições do tempo. Em ambiente externo até mesmo a velocidade do vento influencia. Mas, depende muito do objetivo que se queira alcançar com cada performance. Cada lugar é uma inspiração e um desafio;, discorre a diretora.

Na terça-feira que vem, o pianista de jazz Michiel Borstlap fará performance na Martins Pena do Teatro Nacional, às 20h. Também gratuitamente. A exposição de fotografias World Press Photo deverá ser exposta na cidade em junho. Mas, outras atrações ainda serão ser confirmadas. Preparem os tamancos. A Holanda é aqui.

Recife dos holandeses
Maurício de Nassau (1604-1679) governou algumas das províncias brasileiras no Nordeste. Ele foi responsável pela vinda de artistas, pintores e arquitetos para o Brasil. Nassau sonhava transformar Recife nos moldes das capitais europeias da época. Muitas das edificações que ele construiu resistem até hoje na capital de Pernambuco.

Circo e outras artes
O nouveau cirque é um movimento fundado na França durante a década de 1970 que mistura circo música, teatro e dança. Atualmente, com o barateamento das tecnologias audiovisuais, o novo circo também mescla projeções. Animais nunca são usados dentro dos espetáculos ligados ao novo circo.

GIANT JELLYFISH
De amanhã a domingo, às 19h e 20h30, apresentação do espetáculo que reúne técnicas circences, dança, música e teatro feito pelo grupo Flying Artwork ao lado da varanda do Café Antiquário no Pontão do Lago Sul . Entrada franca. Classificação indicativa livre.

MICHIEL BORSTLAP

Dia 22 de março , às 20h, apresentação do pianista de jazz holandês na Sala Martins Pena (Teatro Nacional, Setor Cultural Norte, Via N2; 3325-6256). Entrada franca. Classificação indicativa livre.