Doutores, mestres e estudantes de graduação da Universidade de Brasília (UnB) observam cuidadosamente a paisagem artística da capital e regiões do cerrado, nos textos do livro As artes populares no Planalto Central: perfomance e identidade, organizado pelo coordenador João Gabriel Teixeira e pela consultora Letícia Vianna.
Resultado de um projeto de três anos do Laboratório Transdisciplinar de Estudos sobre a Performance (Transe), ligado ao Departamento de Sociologia, a obra estuda as manifestações populares, que ainda sobrevivem apesar da globalização. ;Não quisemos chamar de Entorno, nem Distrito Federal, porque o conceito de planalto é mais amplo e poético, abrange área maior que o entorno. Temos artigos sobre o norte e o noroeste de Goiás, o noroeste de Minas Gerais, e de Brasília;, informa. O livro será lançado hoje, às 19h, no Sebinho (406 Norte).
Os textos, alguns acompanhados de imagens, estão divididos em três seções. No primeiro bloco, pesquisadores do núcleo de estudos escrevem artigos teóricos sobre perfomance e identidade. A segunda etapa discorre sobre a produção musical em Brasília. A última dedica-se à análise de manifestações populares: as folias de João Pinheiro (MG), a caretagem quilombola do distrito de São Domingos, Paracatu (MG), a Sussa e as festas no território Kalunga (GO), a festa da moagem, em Formosa, e a congada em Niquelândia (GO). ;É uma primeira fornada. Pretendemos até o final do ano preparar uma segunda série de artigos. O livro faz parte das comemorações dos 50 anos de Brasília;, adianta João Gabriel.
As artes populares no Planalto Central: perfomance e identidade
Organizado por João Gabriel Teixeira e Letícia Vianna. Verbis Editora, 272 páginas. R$ 40. Lançamento hoje, às 19h, no Sebinho (406 Norte).