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Cineasta diz que documentário sobre Joaquin Phoenix era falso

Nova York - O diretor americano Casey Affleck finalmente admitiu que o suposto documentário sobre o colapso da carreira do ator Joaquin Phoenix, que teria se afundado nas drogas, era, na verdade, uma armação. Em entrevista ao jornal The New York Times, Affleck reconheceu que "I'm Still Here" não é o retrato cru e doloroso da realidade que fingia ser, ao acompanhar a vida de Phoenix durante um período de dois anos. "É uma atuação sensacional. É a performance da carreira dele", disse o diretor, irmão do ator Ben Affleck. As cenas em que Phoenix aparece consumindo drogas e fazendo sexo com prostitutas, apresentadas como vídeo caseiro feito por parentes do ator, não eram situações reais. "Filmamos aquilo várias vezes, eram atuações", contou Affleck. Até mesmo a infame participação de Joaquin Phoenix no programa do apresentador David Letterman em 2009 não foi o que pareceu. Letterman não sabia, mas o ator, que agiu de maneira estranha durante a entrevista, estava encenando para o "documentário". "Queríamos criar um espaço", explicou o diretor. "Você acredita que o que está acontecendo é real". Affleck apresentou o filme no Festival de Veneza, no início de setembro, como um documentário "resoluto". Durante os 18 meses de filmagem, Phoenix "jamais se intimidou e me deixou ver todos os diferentes aspectos de sua personalidade", descreveu Affleck. O diretor e o ator são cunhados. "Nunca tentei enganar ninguém. A ideia de uma, abre aspas, brincadeira, fecha aspas, nunca me passou pela cabeça", destacou.