A partir de hoje, o publico brasiliense terá a oportunidade de conhecer o cotidiano da Índia, por meio de olhares diferentes. O primeiro a puxar a fila é o fotografo Artur Versiani, com a exposição Índias sobre pés descalços, às 19h30, na Casa de Cultura da América Latina (CAL), no Setor Comercial Sul, Edifício Anápolis.
O trabalho de Versiani é composto por 15 imagens captadas durante passagem, em 2009, no país. Ele registrou cenas, como as do Festival de Dança de Chidamharam, a da atividade pesqueira e a de um trem transportando homens e mulheres.
Como todo estreante, a expectativa norteia os sentimentos do fotógrafo que procurou congelar flagrantes diários do universo indiano e dos cenários de vida urbana. ;Quis fazer uma aproximação entre os mundo ocidental e oriental, como se o diferente não encontrasse espaço;, releva Versiani. O fotógrafo expõe, na galeria Acervo, duas instalações: Information gap, uma brincadeira com o volume de informações que chegam a nós. Os visitantes terão acesso a várias notícias do Brasil e do mundo, além de interagir com a obra. Em Automatas celulares, ele permite que o publico crie pecas musicais a partir da geração espontânea de componentes computacionais.
Visão em dobro
A rota, ou melhor o tema Índia, segue na galeria CAL (subsolo), com Índias ; Subjetividade do olhar. A ideia da mostra nasceu durante as andaças de Arthur Simões e Renato Negrão nas cidades de Calcutá, Varanasi e Agras, entre outros destinos, nos anos de 2007 e 2008.
A parceria nasceu quando Arthur assistiu a uma palestra de Renato em 2009. ;Trocamos figurinhas;, brinca Arthur. ;Analisamos os trabalhos um do outro e após um boa conversa vimos que tínhamos um documento e resolvemos escrever o projeto;, relata Arthur, um dos beneficiados com o edital de Artes Plásticas da CAL.
Renato conta que a exposição, composta de 50 imagens, com dimensões de 40 por 60 centímetros, estão dispostas em pares. ;Procuramos criar um diálogo por meio de uma narrativa visual. As imagens traduzem os momentos particulares dos dois profissionais naquele país, como o misticismo local e a soneca de uma criança em cima de um carro;, resume Renato.
As duas exposições serão abertas pelo grupo brasiliense Corpos Informáticos, liderado pela artista plástica Bia Medeiros. Bia e seus cinco performers apresentarão Amarelinha binária, que integra a serie do projeto Composição urbana. O trabalho é baseado na brincadeira infantil amarelinha. ;A provocação consiste no conceito de que a arte não interfere com a vida, e sim compõe com ela;, justifica Bia.
Os visitantes serão chamados para brincar com a proposta.A performance integra a serie do anterior Mar(ia-sem-ver)gonha, que consistia na apresentação de trabalhos que utilizavam de jogos lúdicos e brincadeiras que começavam na rua e adentravam no espaço do teatro com a participação do público. O Corpo Informáticos realiza pesquisa em performance, videoarte, webarte, desde 1992.
PROGRAME-SE
Índia sobre pés descalços e Índias ; A subjetividade do olhar têm abertura, hoje, às 19h30. De terça a sexta-feira, das 10h às 20h, na Galeria Acervo, 2; andar, da Casa da América Latina (SCS 4, Edifício Anápolis). Entrada franca. Até 22 de agosto