A emancipação artística antecipada por meio de um trabalho numa empresa japonesa e a inquietude em saber a respeito das sociedades pré-colombianas foram fundamentais para a dançarina e poetisa Sofía Vivo estabelecer as artes plásticas como carro-chefe de seu trabalho. A partir desta terça, às 19h, a artista expõe Tapetes colagens, no Espaço Chatô. A exposição conta com 22 trabalhos e, de acordo a criadora, a colagem é a técnica utilizada para traduzir sua observação a respeito desses povos sul-americanos.
Tecidos, artefatos domésticos, pedras e até a munheca equatorina ; um tipo de brinquedo ; são alguns dos elementos utilizados que entram no ideário de Sofía. O resultado final do trabalho é uma reciclagem de novos signos e significados com um viés lúdico e crítico a cerca da subjugação sofrida por essas comunidades andinas.
As cores são outras características presentes que chamam atenção nas colagens de Sofia, um exemplo, é a maneira que a artista plástica dá significado a elas. O vermelho representa os espanhóis ; uma das nações colonizadoras da América Latina ; e o branco, pureza em forma extrema concebe os índios. Algumas das obras acrescidas na mostra misturam várias temáticas, como em Sofía paz en el país de las maravilhas, que faz referência ao filme Alice no país das maravilhas, do diretor Tim Burton. ;Minha arte é um ritual de aproximação. Uma tentativa. Uma ousadia. Um gesto desesperado de amor que penetra as fronteiras das civilizações entre o presente e o passado;, destaca.
Tapetes Colagens
Até 25 de junho, no Espaço Chatô, na sede do Correio (SIG Q. 2, Lt. 340), de segunda a sexta-feira, das 10h às 18h. Informações: 3214-1350. Entrada franca.