Ricardo Daehn
postado em 09/04/2010 07:00
A ressurreição em cinema de John Travolta, feita por Quentin Tarantino (em meados dos anos 1990), teve lá o seu charme, mas também surtiu estragos. Até hoje, o ator vive do rótulo de maioral, e em Dupla implacável ; com o fraco potencial de Jonathan Rhys Meyers para emplacar em fita de ação com pancadaria ;, Travolta deita e rola, numa incompreensível matemática, derrubando cinco adversários na mesma cena e com apenas dois braços.
James (Rhys Meyers) é virtualmente o protagonista, enamorado de Caroline (Kasier Smutniak) e que trabalha para a embaixada americana em Paris, sem revelar o rastro de verdadeiro espião ianque. O verniz dos créditos iniciais (com Madeline Peyroux interpretando a canção bela J;ai deux amours) não tarda a ser mandado pro espaço. O que importa mesmo é Charlie Wax (Travolta) e ;a esposa; dele, a prática arma apelidada de Mrs. Jones (com direito ao entoar de Me and Mrs. Jones).
Wax é designado para operação especial que deverá preservar uma delegação estrangeira reunida para auxiliar a África. Com dose de atentados, o filme do francês Pierre Morell engrossa os preconceitos contra paquistaneses e muçulmanos. As coreografias frenéticas que seguirão têm tiques atrelados à maioria das fitas produzidas por Luc Besson. Cheio de reviravoltas, a jornada do aprendizado de James inclui clichês dos filmes que envolvem a máfia chinesa e cocaína aspirada em plena Torre Eiffel.