Jornal Correio Braziliense

Diversão e Arte

Bordões, brincadeiras e piadas do Pânico na TV ganham as ruas e conquistam o brasiliense

Certo dia, o professor de um colégio de Brasília estava dando aula quando citou o nome de uma pessoa chamada Antônio. Foi então que a sala inteira veio abaixo e praticamente todos os alunos gritaram ;Antônio Nunes;, acompanhado de um tapa na coxa, uma referência a um dos bordões mais conhecidos do programa Pânico na TV, que é apresentado todos os domingos às 20h45, pela TV Brasília, afiliada da Rede TV, com reprise às sextas, às 22h. O professor ficou a ver navios e não entendeu nada do que se passava. ;O que vai ao ar no domingo, no outro dia, já está todo mundo comentando. A escola toda sabe os bordões, as brincadeiras, as piadas. É uma febre mesmo;, revela a estudante Giovanna Paglia, 16 anos.

Religiosamente, um grupo de amigos de Taguatinga se reúne nas noites de domingo, e, vez por outra, nas de sexta, quando vai ao ar a reprise, para assistir o Pânico da TV. A trupe de ;pânicomaníacos; é liderada pelo publicitário Paulo Henrique Prado, 23 anos e, pelo analista de sistemas João Lúcio Cardozo, 24. ;Com a tevê, os artistas do Pânico ficaram bem mais populares e isso facilita a disseminação das brincadeiras, das gírias. Quem não assiste fica por fora mesmo. Às vezes, ele exageram um pouquinho, mas, no geral, é um humor inteligente e ousado e sem medo de se expor. Por isso, a gente sempre traz essas brincadeiras para o nosso dia a dia e fazem muito sucesso;, acredita Paulo.

[SAIBAMAIS]João, que costuma organizar os encontros da galera para ver o Pânico, diz que o interessante de assistir junto é que um sempre comenta com o outro sobre os novos quadros e brincadeiras, e o próprio encontro com os amigos torna-se uma extensão do programa, com muitas risadas. ;Todo mundo gosta, aqui vira uma farra e o ambiente é bem descontraído;, afirma.

Na casa da professora Paula Farias também não é diferente. Domingo à noite a televisão está sempre sintonizada no irreverente programa. O filho, Lucas Félix, 14 anos, não para de repetir bordões como o ;Cadê o chinelo?; ou ; Ronaldo!”. ;Os meus amigos todos assistem ao programa. A gente faz piada o tempo todo um com o outro. Às vezes, a gente vê o programa junto e nos intervalos já estamos imitando eles;, destaca.

Paula confessa que em algumas ocasiões costuma ficar meio por fora das brincadeiras e frases do filho, mas leva numa boa esse jeito ; Pânico de ser;. ;Nessa fase da idade, ou os adolescentes vão para o computador ou para a frente da TV. O Pânico parece que virou uma febre entre a moçada e eu percebo isso porque dou aulas também. Não tem como proibir, então a gente entra no clima;, justifica