Os desfiles da São Paulo Fashion Week reforçam a tendência do inverno 2010: preto, sexy, com muito brilho e formas geométricas. Ontem, o estilista Alexandre Herchcovitch colocou na passarela a sua primeira coleção pela Rosa Chá. E não desapontou. Ele conseguiu equilibrar o sensual, justo, sem ser vulgar. As rendas, o nude e os cristais que enfeitaram as peças deram o tom romântico à criação. O que se viu foi uma mistura de roupas de banho e lingerie, essência da grife, com alfaiataria. Conseguiu isso com a escolha de tecidos elásticos, grudados ao corpo, mesclado a rendas e bordados.
Alexandre é o único estilista que assina três desfiles durante o evento. Hoje ele apresenta a coleção feminina e na quinta, a masculina.
Sem Gisele Bündchen, a Colcci trouxe duas outras tops para substituir a über model: Alessandra Ambrósio e Izabel Goulart. Elas não decepcionaram e entusiasmaram a plateia do mesmo jeito. Mas os gritos mesmo foram para Cauã Reymond, que desfilou pela marca e entrou com o primeiro look todo rosa. Aliás, a Colcci apostou no rosa e cinza para o inverno, tanto para eles como para elas. Comparado às tradicionais peças de malharia estampada que a Colcci assina, dessa vez apresentou uma coleção muito mais incrementada, com babados, vestidos esvoaçantes, detalhes em tachas, além do tricô. Eles usaram lâ grossa para cachecóis e ponchos, ideais para um inverno rigoroso.
Quem abriu o desfile do segundo dia de SPFW foi a Maria Bonita. A marca apresentou modelos de recortes um tanto elaborados. Ao invés do tradicional xadrez, as calças e casacos foram feitas de pequenos quadrados. Formas bem estruturadas e retas foi a geometria que marcou o desfile. Os tons escolhidos foram o cinza e verde. Aliás, o verde se destaca como outro tom desse inverno. Reinaldo Lourenço também usou a cor, inclusive fluor. Seguindo a tendência de ombros marcados, o estilista modelou jaquetas e vestidos com ombros bem destacados. Os materiais mesclaram o pesado do couro com a delicadeza de rendas e transparências. Mais uma vez, a mistura do fetiche com o romantismo.