Buenos Aires - O cantor argentino Roberto Sánchez, mais conhecido como Sandro, morreu na noite desta segunda-feira, aos 64 anos, em um hospital de Mendoza (1.100 km a oeste de Buenos Aires), onde no dia 20 de novembro passado havia se submetido a transplante de pulmão e de coração, informou uma fonte médica.
"Sandro faleceu em consequência de um quadro de septicemia às 20h40 (21h40 Brasília)", revelou o médico Claudio Burgos à imprensa reunida diante do Hospital Italiano.
O cantor foi operado duas vezes durante o dia, mas não resistiu a uma infecção generalizada.
Roberto Sánchez, vítima de uma longa doença provocada pelo fumo, permaneceu durante longo tempo esperando por órgãos compatíveis para o transplante, o que finalmente ocorreu em novembro passado, de um doador de 22 anos.
Conhecido como o Elvis Presley sul-americano nas décadas de 60 e 70, Sánchez nasceu em um bairro operário da periferia sul de Buenos Aires, em 1945, e iniciou sua carreira de cantor como imitador do "Rei do Rock".
"El Gitano", como também era chamado, criou nos anos 60 o grupo "Sandro y los de fuego", que cantava em espanhol os sucessos de The Beatles, Elvis, Paul Anka e Rolling Stones, entre outros.
Depois do Rock, Sandro abraçou a carreira de cantor romântico, fazendo o público feminino delirar com temas como "Rosa, Rosa" (maior sucesso de sua carreira) e "Quiero llenarme de ti".
Em 1969, Sandro recebeu em Nova York um disco de ouro por ser o artista latino-americano de maior vendagem.
Logo em seguida, se torna o primeiro artista latino a cantar e encher o estádio Madison Square Garden, reunindo mais de 250 mil espectadores, em dois shows.
No total, Sandro gravou 52 álbuns e vendeu oito milhões de discos.