Carla Andrade: Mineira de Belo Horizonte, Carla, de 32 anos, vive em Brasília há 9, onde trabalha como jornalista e poeta (nas horas vagas), participando de vários saraus e encontros do gênero. Alguns de seus poemas foram premiados em concursos em Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília. Lançou, em 2007, o livro Conjugação de Pingos de Chuva (LGE), com recursos do FAC. Carla define o seu estilo como poesia imagética (que se exprime por imagens), influenciada, bastante, pelo poeta francês Arthur Rimbaud.
Trecho de poema de Carla
A vida é só um picadeiro de circo
Quando notamos...
Foram-se as lâminas certeiras
dos atiradores ciganos
restaram véus de purpurinas
Bruno Soares: Estudante de comunicação da UnB, Bruno nasceu em Brasília há 19 anos. Sempre gostou de poesia, apesar de não ter ninguém na família que o tenha influenciado. Um dos seus poetas favoritos e sua referência é Ferreira Gullar, tido por ele como o maior poeta vivo do país. Em 2007, com a cara, a coragem e recursos próprios, lançou o livro Sobresaudade Sobresentir Sobreviver.
Trecho de poema de Bruno
Anoitece
E a noite tece
A noite sem galos
A noite tece o tecido
Das cadeiras de cinema
As mãos enamoradas
Testam os tecidos das cadeiras e namoradas
Gabriela Ziegler: Filha dos poetas Francisco Kaq e Ana Paula Ziegler, a brasiliense fez seu primeiro livro, Por enquanto, por um canto, por encanto, pela Casa das Musas. Em 2010, ela pretende lançar a sua segunda publicação. A poetisa, que também toca piano, tem a intenção de compor canções e deve optar pela faculdade de letras ou de música.
Trecho de poema de Gabriela
Eu quero saber o singelo sigilo do mundoSentir esse sentidoSomar som à sensação(Assomo o assombro)Esse sagrado segredoAgrado degredo;
Paulo Ohana: Desde muito pequeno, o brasiliense de 20 anos começou a se interessar pela poesia especialmente pela poesia das canções de artistas da MPB como Chico Buarque e Milton Nascimento. Chegou a estudar na Escola de Música de Brasília por dois anos, e hoje faz parte de uma banda de rock onde toca guitarra e canta. Lançou em 2007 seu livro de poesia Superficial Profundo Vão.
Trecho de poema de Paulo
Quem passa por debaixo da escada
come a poeira dos sapatos alheios
mas dá risada dos homens que sobem
(e não sabem)
No final, todo mundo acaba
debaixo da terra