Diversão e Arte

Compositor talentoso, Edu Krieger estreia em Brasília neste sábado, com show na Funarte

postado em 27/11/2009 09:30
Edu Krieger é um compositor que se inspira no cotidiano, no que acontece ao seu redor. Não é muito de abstrações. Suas letras têm construção poética rigorosa, mas são simples, diretas, objetivas. E como escreve bem esse carioca de 35 anos que se apresenta pela primeira vez em Brasília neste sábado (28/11), às 21h, na Sala Cássia Eller do Complexo Cultural da Funarte. Atração da Pauta Funarte, o cantor, compositor e violonista sobe ao palco acompanhado do irmão, o guitarrista Fabiano Krieger, e do flautista PC Castilho. Na segunda-feira (30/11), às 17h, ele fará um pocket show gratuito, com sessão de autógrafos, na Livraria Cultura (CasaPark). Edu Krieger tem canções gravadas por Maria Rita, Roberta Sá, entre outros cantoresNo roteiro, músicas dos dois (ótimos) CDs que Edu Krieger lançou pela Biscoito Fino. O primeiro, de 2007, lhe rendeu o prêmio de revelação da Associação Paulista dos Críticos de Arte (APCA) e gravações de Maria Rita (Ciranda do mundo e Maria do Socorro), Roberta Sá (Novo amor) e Aline Calixto (Saber ganhar). O segundo, Correnteza, está nas lojas há dois meses. Tem 12 faixas assinadas por ele (três com parceiros), a maioria composta nos últimos dois anos. "Gosto que o trabalho saia com o estado de espírito do momento", justifica. "E esta é uma fase muito feliz, o disco reflete essa leveza." O momento é dos melhores. Assim como o conterrâneo Rodrigo Maranhão (com quem, aliás, dividiu uma série de shows no Rio), Edu hoje é um dos compositores mais requisitados de sua geração, vive com a agenda cheia. "Meu primeiro disco teve uma aceitação muito maior do que eu imaginava", comenta. "Foi bem recebido pela crítica e pelo público, e vários intérpretes extraíram músicas desse álbum para gravar. Com isso, acabei estreitando a relação com os autores de minha época. Comecei a desenvolver parcerias com Moyseis Marques, Teresa Cristina, Ana Costa, enfim, a turma que trabalha basicamente na Lapa, nosso ponto de encontro musical." Produzido por Lucas Marcier (da banda Brasov), Correnteza contou inclusive com a gaita de Rildo Hora, em A mais bonita de Copacabana, e o piano de João Donato, em Sobre as mãos. O primeiro foi apresentado a Edu Krieger por Nilze Carvalho, os três fizeram um show juntos no Rio. O segundo também já tinha dividido o palco com ele uma vez. O suficiente para o cantor tomar coragem e chamá-los para o estúdio. "Convidei os dois na famosa cara de pau: 'Vamos lá gravar?' E eles foram muito generosos", conta. Filho do maestro Edino Krieger, Edu começou cedo na música. Aos 7 anos, fazia parte do coro infantil do Teatro Municipal do Rio de Janeiro. O violão veio na pré-adolescência, quando ele, apaixonado pelas harmonias da bossa nova, passou a comprar revistinhas com cifras para aprender os acordes - mais tarde estudaria violão clássico para ter uma "base técnica". Por volta dos 18, 19 anos, quando já rabiscava as primeiras canções (mas não mostrava para ninguém), ele foi trabalhar como baixista. Teve uma banda de forró universitário, Paratodos, fez parte das bandas de Geraldo Azevedo e Sivuca. "Toquei com Sivuca durante seis anos e aprendi muito. Quando ele morreu, vi que não tinha mais nada para fazer como baixista", diz o compositor, que gravou seu primeiro disco com um violão de 7 cordas e ultimamente anda encantado com o violão de 8 cordas. "Ele tem uma corda mais grave que me remete de novo ao baixista que sou", constata. No palco da Funarte, o instrumento estará lá, no colo dele. Ao seu lado, a guitarra de Fabiano e os instrumentos de sopro e percussão de PC Castilho. Edu Krieger tem gostado dessa formação enxuta. "Estou apegado a essa sonoridade mais limpa, sem muito peso", explica. "Quero trabalhar um pouco mais a delicadeza das canções." SERVIÇO EDU KRIEGER - Sábado (28/11), às 21h, na Sala Cássia Eller do Complexo Cultural da Funarte (Eixo Monumental, atrás da Torre de TV; 3322-2045). Ingressos: R$ 10 e R$ 5 (meia). Classificação indicativa livre.

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