Jornal Correio Braziliense

Diversão e Arte

Cantora que fez sucesso nas noites de Brasília prepara o lançamento do disco No meio do mundo

Quando chegou em Brasília, em meados da década passada, vinda de Porto Alegre, Gisa Pithan foi vista por muita gente como uma seguidora de Cássia Eller. Depois da morte da roqueira mineira-brasiliense, a cantora gaúcha não quis assumir essa semelhança, mas fez um emocionante tributo. Mais tarde, dividiu o palco com Gilberto Gil, na inauguração da Sala Funarte Cássia Eller. Em 2000, Gisa lançou Ninguém sabe, o disco de estreia que obteve boa repercussão e gerou várias apresentações, na capital, em São Paulo, no Rio de Janeiro, em Belo Horizonte, em Porto Alegre, em Manaus e em Palmas. "Levei o show também a três países da Europa: Áustria, França e Holanda. Na Áustria, participei do Festival de Jazz de Viena", lembra. Quatro anos depois, ela radicou-se no Rio, desde então, desenvolve seu trabalho, e, aos poucos, conquista espaço na concorrida cena artística carioca. Lá, tem feito shows em bares da Lapa, no Espaço Cultural da Petrobras e em Niterói. "Paralelamente à carreira solo, integrei o Mulheres de Antenas, grupo vocal que misturava música e perfomance em seus espetáculos. Cheguei a ir a Brasília com as meninas, para apresentação no Feitiço Mineiro e no Pier 21", recorda-se. Mas o que Gisa queria mesmo era levar adiante sua carreira solo. Em 2007, já com o esboço do segundo álbum, procurou o guitarrista e violonista Luce, que havia tocado nas bandas de Cássia, e Cazuza, e mostrou algumas músicas. "O Luce, além de músico, é produtor e tem um estúdio no Leme. Ele ouviu e gostou muito. A partir dali estabelecemos uma parceria, que seguiu adiante e gerou o No meio do mundo, meu novo CD", comemora. De acordo com Gisa, No meio do mundo, marca uma nova fase na carreira dela. "Com esse disco na mão, as portas, certamente, vão se abrir com mais facilidade. Nele, me coloco por inteira, até porque a maioria das canções tem a minha assinatura. Quase todas já refletem a minha vivência no Rio, desde as alegrias até os perrengues, tanto na arte quanto na vida", comenta. Entre as composições da cantora - todas inéditas - estão Farinha do mesmo saco, Não queira saber a hora, Vênus na janela, A sombra de um amor e a faixa título. Do primeiro CD ela trouxe Ninguém sabe e Por um fio, que abre o repertório. Um dos bons momentos desse trabalho é a versão blues de Gisa para o samba Vai vadiar, de Monarco e Ratinho, sucesso com Zeca Pagodinho. "Essas músicas foram feitas nos últimos três anos e nelas prevalecem meu estilo pop. Por isso mesmo, criei um arranjo voltado para o blues ao gravar Vai vadiar. Estou feliz com o resultado do trabalho e quem já ouviu tem curtido", festeja. O show de lançamento do No meio do mundo será no dia 24 de novembro, no Centro Cultural Carioca. Gisa será acompanhada pela banda formada por Guto Goffi (bateria e integrante do Barão Vermelho), André Carneiro (baixo), Humberto Barros (teclados) e Luce (guitarra, violão e bandolim). NO MEIO DO MUNDO Segundo CD da cantora e compositora Gisa Pithan, com 10 faixas. de produção independente. Produção musical e arranjos de Luce. Preço médio R$ 25 - à venda no Café savana (116 Norte).