Formada em artes visuais pela Universidade de Brasília (UnB), Rebeca Borges trouxe para o espaço do Tribunal de Contas da União (TCU) a experiência de ter trabalhado em praticamente todos os museus e galerias de Brasília. Lá, as visitas agendadas por escolas seguem o mesmo percurso básico dos outros programas. Mediadores estimulam a leitura das obras com informações sobre artistas e arte contemporânea e as crianças participam de oficinas. Aos sábados, as oficinas são abertas inclusive aos visitantes que não agendaram visita. A intenção é formar público e complementar o ensino da arte nas escolas. ;O educativo é para dar instrumentos, não colocar muleta ou fazer leituras. A gente faz a contextualização das obras, mas quem dá significado é o público;, avisa Rebeca.
Combinar o respeito pela liberdade de interpretação dos jovens visitantes e a contextualização das obras está na cartilha dos mediadores. É comum encontrá-los empenhados em perguntas formuladas para estimular a leitura do público. ;A função particular da mediação é ampliar a possibilidade de entendimento entre a percepção do visitante e a questão que a obra coloca. Mediador trabalha com educação do olhar e, no caso do público infantil, a gente lida com estratégias mais lúdicas;, explica Carlos Silva, coordenador do programa do CCBB.
[SAIBAMAIS]Programas educativos costumam ser concebidos para funcionar em um espaço específico, mas da parceria entre a Tríade ; Patrimônio, Turismo e Educação e a Fundação Athos Bulcão nasceu o projeto no qual as crianças são levadas às obras espalhadas em diversas áreas da cidade.
Laureado com o Prêmio Rodrigo Melo Franco, do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), o Circuito Educativo BrasiliAthos já levou três mil crianças para conhecer in loco os trabalhos de Athos Bulcão nos espaços públicos da cidade. ;A gente faz uma espécie de circuito completo com teoria, prática e contato direto com a obra;, conta Renata Azambuja, coordenadora do BrasiliAthos. ;Um dos objetivos é o conhecimento do patrimônio. Outro diz respeito às artes visuais, para que as crianças saibam se relacionar com a obra do Athos e descubram seus códigos. Elas aprendem os fundamentos da linguagem visual.;
; Agende-se
Museu Nacional da República ; 3349-8124
Atende grupos agendados e, se houver disponibilidade, grupos que não marcaram hora. O tempo de visitação e os aspectos abordados pelos mediadores devem ser combinados com os professores de acordo com conteúdos trabalhados em sala de aula. Turmas muito grandes podem ser divididas para que haja menos dispersão. No caso da exposição Tão longe, tão perto, as oficinas incluem atividades de desenho e contato com novas tecnologias disponíveis em computadores.
CCBB ; 3310-7420 ou 3310-7480
As visitas duram 1h30 e são planejadas pelo Aborda Gabinete de Arte, contratado pelo CCBB para conceber os programas educativos de cada exposição. Os 14 mediadores, sempre estudantes universitários, passam por treinamento de duas semanas. Antes de entrar em contato com o público e as crianças recebem material para o desenvolvimento de atividades.
Circuito Educativo BrasiliAthos ; 3272-3780
O circuito de três dias é destinado a crianças do 4; e 5; ano do ensino fundamental e atende 15 escolas por semestre. Depois de aulas sobre a obra de Athos Bulcão as crianças fazem um tour pela cidade para conhecer o trabalho do artista. As oficinas ficam para o último dia. Os agendamentos só podem ser feitos para o próximo semestre.
Espaço Cultural Marcantonio Vilaça ; 3316-5327
A equipe conta com seis pessoas, das quais duas são mediadoras responsáveis por circular com os visitantes e contextualizar obras e artistas. O Tribunal de Contas da União (TCU), mantenedor do espaço, disponibiliza transporte gratuito para as escolas públicas, mas o agendamento deve ser feito com uma semana de antecedência. Aos sábados o projeto Criança no Espaço recebe o público espontâneo com oficinas, trabalhos práticos e visitas orientadas.
Caixa Cultural ; 3206-9890
As visitas duram em média 40 minutos e contam com oficinas interdisciplinares que podem incluir teatro e dança, de acordo com os temas trabalhados nas exposições. Cada escola pode agendar, no máximo, três turmas, e as instituições públicas têm direito a transporte gratuito. Quem não agenda pode fazer a visita guiada, caso o grupo não ultrapasse seis pessoas.
Ecco ; 3327-2027 R. 20 ou 31(1)
O agendamento para visitas guiadas pode ser feito a qualquer momento e as turmas são encaixadas de acordo com a disponibilidade dos cinco monitores e da própria escola. As visitas duram em média 1h20, incluindo a prática em oficina. Ao final de cada exposição, o Ecco realiza um concurso e seleciona os melhores trabalhos das oficinas. As crianças são premiadas com medalhas, certificados de participação e catálogo da mostra. O espaço não disponibiliza transporte, que fica a cargo da escola. Os cursos de capacitação para professores têm início com a abertura de cada exposição.