Diversão e Arte

Escola de Choro forma profissionais que brilham mundo afora

Irlam Rocha Lima
postado em 29/08/2009 09:10

[SAIBAMAIS]Considerada a capital brasileira do rock nos anos 1980, Brasília, duas década depois viria a se tornar um grande celeiro de instrumentistas que hoje brilham mundo afora. Boa parte deles teve como origem a Escola Brasileira de Choro Raphael Rabello, que funciona paralelamente ao Clube do Choro ; ambos, referência em todo o país nessa área.

Músicos talentosos como Hamilton de Holanda, Rogério Caetano, Daniel Santiago, Gabriel Grossi tiveram passagem pela Escola de Choro. Hamilton, bandolinista que conquistou recentemente o Prêmio da Música Brasileira, foi um dos seus primeiros diretores. Ali, Rogério (presença destacada nos últimos trabalhos de Zeca Pagodinho e com elogiada carreira solo) era professor de violão. Daniel e Gabriel exibiram na escola a técnica apurada que detêm, em workshops. Além deles, há o pandeirista Amoy Ribas, também com brilhante carreira solo, que, de volta à cidade, passou a fazer parte do quadro de professores da escola.

No último sábado de cada mês, os alunos da escola se reúnem debaixo de árvores e outros espaços abertos ao lado do Clube do Choro para uma grande roda. ;Na verdade são duas rodas, cada uma com, aproximadamente, 100 instrumentistas, sendo uma de iniciantes, que tocam temas mais simples; e outra formada por quem já tem maior domínio da técnica instrumental e do repertório do choro;, explica o violonista e diretor Fernando César Vasconcelos Mendes, ex-integrante do grupo Dois de Ouro, com o irmão Hamilton de Holanda. Ele dirige a Escola de Choro desde 2004.

A grande roda de choro de sábado tem início às 10h e, geralmente, é assistida por familiares e amigos dos músicos e apreciadores desse gênero musical. Entre os alunos que tomam parte, há desde jovens, como Robson Pereira, de 13 anos, aluno de cavaquinho de Márcio Marinho; e Eudes Fernandes, 72 anos, aluno de gaita de Pablo Fagundes.

;Participar da roda de choro é muito importante, principalmente pela convivência e a troca de informação e experiência com outros músicos;, afirma o septuagenário Eudes. ;Esse encontro no último sábado de cada mês é uma das melhores coisas do curso. O que o músico mais gosta é de tocar;, diz o adolescente Robson, que já faz planos para formar seu grupo.

Leia matéria completa na edição deste sábado do Correio Braziliense

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação