Miami - Eleitas as mulheres mais belas em seus países, 84 participantes disputam neste domingo, nas Bahamas, o título de Miss Universo, que durante um ano vai coroar a mulher mais bonita do mundo.
A classificação preliminar foi realizada nos últimos dias, com a exibição das candidatas em trajes de festa e vestidos tradicionais de seus países, além de da apresentação de trajes de banho, parte preferida dos assistentes e jurados, onde qualquer pequeno defeito pode significar a derrota.
Além destas provas, as 15 finalistas têm que passar pela entrevista do júri, composto por 12 membros, entre eles atores, produtores de TV, cantores, fotógrafos, críticos de moda e até a famosa modelo argentina Valeria Mazza.
A candidata do Panamá, Diana Broce, ganhou o melhor vestido tradicional, cujo segundo lugar ficou com Indiana Sánchez, da Nicarágua, segundo informaram os organizadores. Justamente os vestidos nacionais, símbolo da identidade de cada país, geraram forte diputa entre Bolívia e Peru.
O ministro da cultura boliviano informou que o governo de seu país estava disposto a apresentar uma impugnação à organização do Miss Universo porque a candidata peruana Karen Schwarz usaria como traje típico uma "Diablada", que segundo a Bolívia é tradicional desse país e não do Peru. A "Diablada", baile tradicional entre os índios aymaras, que povoam o Peru e o Chile, além do território boliviano, é um dos emblemas do Carnaval de Oruro (Bolívia), e foi declarado Patrimônio da Humanidade pela Unesco.
A organização do concurso, que acontecerá no Atlantis Resort & Casino, em Paradise Island, Bahamas, passou por vários sustos nos últimos dias. A aproximação da região caribenha do furacão Bill provocou pânico nas candidatas, que temiam ter que evacuar a ilha e o adiamento do concurso, mas o ciclone com ventos de grande poder destrutivo de mais de 215 km/h tem trajetória prevista para o norte, longe das Bahamas, segundo o Centro de Furacões dos EUA.
O concurso, organizado pelo milionário americano Donald Trump - dono dos direitos do Miss Universo-, e pela rede de televisão NBC, será transmitido ao vivo pelo canal e pela Telemundo para cerca de 125 países a partir das 21:00h locais de domingo (22:00h no horário de Brasília).
A incógnita sobre a nacionalidade da Miss Universo 2009 vai demorar para ser descoberta, mas outro júri, de internautas, já está dando seu veredito. A votação, na rede de relacionamentos Facebook e outras, teve como favoritas, nas últimas horas, as candidatas do Equador, Sandra Vinces, de 19 anos, e da Islândia, Ingibjörg Egilsdóttir, de 24 anos.
Além de ganhar um prêmio em dinheiro, que a organização do evento não revela quanto seria, para a maioria das competidoras o objetivo maior do concurso é alcançar o estrelato no mundo do entretenimento, segundo especialistas.
"Os objetivos de uma mulher que busca ser Miss Universo são as oportunidades que se apresentan no mundo do entretenimento e da atuação", disse a presidenta da Organização Miss América Latina, Acirema Alayeto, que trabalha em Miami.
"Antes o objetivo destes concursos de beleza era ter prestígio ou a possibilidade de casar com algum milionário, mas o perfil da Miss Universo nos últimos 10 anos, e com Donald Trump na organização, é mais comercial", disse Alayeto.
A Miss Universo atual, Dayana Mendoza, deu à Venezuela a quinta coroa em 59 anos da história do concurso. Durante seu reinado, ela viajou por todo o mundo para advogar pela educação, pesquisa e legislação a favor dos portadores do vírus da Aids, segundo os organizadores.
A poucos dias do fim de seu "reinado", a jovem de Caracas, de 23 anos, já iniciou a organização de outras prioridades mais rentáveis, como contratos publicitários e um acordo com a revista Maxim, que publicará em setembro um editorial da miss de topless, já que ela não vai mais carregar o peso da coroa de Miss Universo.