Jornal Correio Braziliense

Diversão e Arte

Há 40 anos, a música produziu obras-primas que ainda batem alto no coração de fãs de várias idades

No ano em que o homem chegou à Lua, os Beatles miraram a estratosfera: se despediram dos fãs com Abbey Road, um dos maiores discos da carreira. A guerra incendiava o Vietnã quando os Rolling Stones lançaram Let it bleed, um álbum sangrento já no nome. Nos livros de história, o ano de 1969 é lembrado por avanços científicos, revoluções culturais e uma atmosfera de insegurança e paranoia. Época de contrastes: o planeta assombrado pela Guerra Fria viu o avanço da geração ;paz e amor;. A música pop espelhou a crise: em 1969, o rock explodiu em mil pedaços ; agonizou e renasceu. Acima de tudo, produziu um conjunto de obras-primas que, 40 anos depois, ainda provocam paixões à primeira audição.

[SAIBAMAIS]É impossível definir uma tendência principal entre os tantos lançamentos que chegaram às lojas naquele ano. Muitos dos clássicos de 1969 se apegavam a estilos tradicionais (o country rock agregou bambas como Bob Dylan e The Band), enquanto outros apontavam decisivamente para o futuro. A gênese do punk está em discos do Stooges, do Velvet Underground e do MC5. O rock progressivo abria asas com o Yes e o Pink Floyd. O heavy metal começava a se formar ao som de Led Zeppelin. O rock britânico encontrava a faceta mais madura (com The Who e The Kinks) e o experimentalismo corria nas veias de Frank Zappa e do Captain Beefheart.

O Correio deixou com os fãs brasilienses a tarefa de comentar seis dos grandes discos lançados em 1969: Abbey Road, dos Beatles; Let it bleed, dos Rolling Stones; Led Zeppelin I e II, do Led Zeppelin; Nashville skyline, de Bob Dylan, e The Stooges, do Stooges. Eles são a prova de que o barulho de 1969 ainda ecoa alto no rock. Um ano que ainda não quer calar.

; ABBEY ROAD ; THE BEATLES
; THE STOOGES ; THE STOOGES