LOS ANGELES - O sorteio que entregará 17.500 ingressos para a cerimônia fúnebre de Michael Jackson, na próxima terça-feira, em Los Angeles, já tem 1,2 milhão de inscritos, enquanto as autoridades adotam medidas para controlar a multidão de fãs esperada na cidade.
Os organizadores da despedida do "rei do pop", falecido em 25 de junho, aos 50 anos, de parada cardíaca, anunciaram na véspera que distribuirão 17.500 ingressos, sendo 11 mil para a cerimônia no estádio Staples Center e os demais para o Nokia Theatre, onde o evento será exibido em telões.
O site montado para sortear as entradas gratuitas para o velório já havia recebido 1,2 milhão de inscrições na tarde deste sábado, horas antes do final do prazo. Na sexta-feira, a página não suportou a primeira onda de acessos, registrada logo depois que a família do rei do pop anunciou que os fãs deveriam se registrar online para participar do sorteio.
Diante da possibilidade de ver a cidade invadida por fãs de Jackson, que vendeu 750 milhões de discos durante seus 40 anos de carreira, as autoridades estão pedindo às pessoas que acompanhem o funeral pela TV. "Se não têm um ingresso, se não têm uma credencial, não compareçam simplesmente porque não terão acesso à área do funeral", disse o porta-voz da polícia de Los Angeles Earl Paysinger. A polícia mobilizou 1.400 agentes para o funeral e planeja bloquear várias ruas em torno do Staples Center.
Após as queixas de fãs de todo o mundo, os organizadores do funeral flexibilizaram as regras e abriram o sorteio a residentes fora dos Estados Unidos.
Segundo a imprensa local, Jackson deve ser enterrado em um cemitério de Los Angeles antes do evento no estádio, mas seu irmão Jermaine insiste em sepultar o astro pop no rancho Neverland, 150 km a noroeste de Los Angeles, onde o cantor viveu por 17 anos.
Filhos
No campo legal, avança a batalha pela custódia dos filhos de Jackson, após a ex-mulher do astro Debbie Rowe anunciar que vai brigar pela guarda das duas crianças que teve com o astro pop. A audiência para decidir sobre a guarda de Prince Michael I e Paris Michael, filhos de Rowe, e Prince Michael II, gerado por uma mãe de aluguel cuja identidade nunca foi revelada, ocorrerá no dia 13 de julho.
Rowe abriu mão de seus direitos de mãe sobre os dois filhos em 2001, descrevendo Jackson como "um homem maravilhoso e um pai brilhante". Em 2004, porém, um juiz de Los Angeles anulou a decisão depois que Michael Jackson foi processado por abuso de menores.
Segundo o pastor Jesse Jackson, amigo da família, os filhos de Michael não conhecem a própria mãe e querem ficar com os avós paternos. O pastor disse à rede MSNBC que uma disputa pela tutela entre a família do cantor e Rowe não será benéfica para as crianças. "Até hoje, a senhora Rowe não esteve na vida deles. Eles não a conhecem, ela não os conhece", destacou Jackson, referindo-se a Prince Michael I e a Paris Michael.
A investigação para esclarecer as circunstâncias da morte de Jackson permanece na linha do abuso de medicamentos. Uma fonte policial disse ao jornal Los Angeles Times que um forte sedativo, utilizado para anestesia geral, o propofol, foi encontrado na casa de Bel-Air onde faleceu Michael Jackson.